Laboratório: MERCK
Modelo: Bavencio (Avelumabe) 20mg/mL Merck
Disponibilidade: Compra somente por telefone
R$ 7.510,00

Qtd

Bavencio (Avelumabe) é indicado para o tratamento de pacientes adultos com carcinoma de células de Merkel metastático. Bavencio em associação com axitinibe é indicado para o tratamento de primeira linha em pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado. Consulte a Bula para mais informações sobre o medicamento.


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Princípio Ativo: Avelumabe

Apresentação: Solução para diluição para infusão 20 mg/mL – Frasco-ampola com 10 mL.

Laboratório: Merck

Registro M.S: 1008904030017

Medicamento Refrigerado (entre 2ºC e 8ºC) 

IMPORTANTE: ENTREGA DE MEDICAMENTOS REFRIGERADOS Se você reside em São Paulo ou proximidades, recomendamos selecionar a opção de entrega via TRANSPORTADORA. Desta maneira, asseguramos que seu medicamento seja entregue com segurança e mantido na temperatura adequada durante todo o trajeto, preservando sua eficácia. Para cidades fora dessa região, nossa equipe entrará em contato para fornecer informações sobre possíveis custos adicionais de frete.


(Venda somente com prescrição médica. Sem imagem do produto. Determinação da ANVISA RDC 96/2008)

Bula
Detalhes do Produto Bavencio®
avelumabe
Recomenda-se que este medicamento esteja sujeito a monitorização adicional. Isto irá
permitir a rápida identificação de novas informações de segurança. Pede-se aos profissionais
de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas. Para saber como notificar
reações adversas, veja o final da seção “Reações adversas”.
APRESENTAÇÕES
Solução para diluição para infusão 20 mg/mL – Frasco-ampola com 10 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola com 10 mL contém:
avelumabe..........................200 mg
Excipientes: manitol, ácido acético, polissorbato 20, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
Bavencio® é indicado como monoterapia para o tratamento de pacientes adultos com
carcinoma de células de Merkel (MCC) metastático.
Bavencio® é indicado como monoterapia para o tratamento de manutenção de primeira linha
de pacientes adultos com carcinoma urotelial (UC) localmente avançado ou metastático, cuja
doença não progrediu com quimioterapia de indução à base de platina na primeira linha.
Bavencio® em associação com axitinibe é indicado para o tratamento de primeira linha em
pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado (RCC).
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Carcinoma de células de Merkel (MCC) (estudo EMR100070-003)
A eficácia e a segurança do avelumabe foram investigadas no estudo de braço único,
multicêntrico EMR100070-003 com duas partes. A Parte A foi realizada em pacientes com
MCC metastático confirmado histologicamente, cuja doença havia progredido durante ou
após quimioterapia administrada para doença metastática distante, com uma expectativa de
vida superior a 3 meses. A Parte B incluiu pacientes com MCC metastático confirmado
histologicamente que não foram previamente tratados com terapia sistêmica para o quadro
metastático.
Foram excluídos pacientes com histórico ou metástase ativa do sistema nervoso central
(SNC), histórico ou presença ativa de qualquer doença autoimune, histórico de outras
malignidades nos últimos 5 anos, que sofreram transplante de órgãos, em condições exigindo
terapia de supressão imunológica ou com infecção ativa por HIV, hepatite B ou C.
Os pacientes receberam avelumabe na dose de 10 mg/kg a cada 2 semanas, até a progressão
da doença ou toxicidade intolerável. Puderam prosseguir com o tratamento pacientes com
progressão radiológica da doença não associada com deterioração clínica significativa,
definida como ausência de sintomas novos ou agravados, nenhuma mudança no estado de
performance por mais de duas semanas e nenhuma necessidade de terapia de resgate.
Avaliações de resposta tumoral foram realizadas a cada 6 semanas, conduzidas por um
Comitê Independente de Avaliação dos Desfechos (IERC), usando os Critérios de Avaliação
de Resposta de Tumores Sólidos (RECIST) v1.1.
Estudo 003 Parte A – pacientes previamente tratados
A medida de resultado de eficácia mais importante foi a melhor resposta global confirmada
(BOR); medidas secundárias de resultado de eficácia incluíram duração de resposta (DOR),
sobrevida livre de progressão (PFS) e sobrevida global (OS).
Uma análise de eficácia foi conduzida em todos os 88 pacientes após um acompanhamento
mínimo de 36 meses. Os pacientes receberam uma mediana de 7 doses de avelumabe
(intervalo: 1 a 95 doses) e a duração mediana do tratamento foi de 17 semanas (intervalo: 2 a
208 semanas).
Dos 88 pacientes, 65 (74%) eram do sexo masculino, a idade mediana era de 73 anos
(intervalo: 33 anos a 88 anos), 81 pacientes (92%) eram caucasianos; 49 pacientes (56%) e 39
pacientes (44%) apresentavam, respectivamente, um estado de performance de 0 e 1 segundo
o Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG).
No geral, 52 (59%) dos pacientes tinham recebido 1 terapia anticâncer anterior para MCC, 26
(30%) 2 terapias anteriores e 10 (11%) 3 ou mais terapias anteriores. Quarenta e sete (53%)
dos pacientes tiveram metástases viscerais.
A Tabela 1 resume os desfechos de eficácia em pacientes que receberam avelumabe na dose
recomendada para o estudo EMR100070-003, Parte A com acompanhamento mínimo de 36
meses. A sobrevida global foi avaliada em uma análise com acompanhamento mínimo de 44
meses. A OS mediana foi de 12,6 meses (95% IC 7,5; 17,1).
Tabela 1: Resposta ao avelumabe (10mg/kg a cada 2 semanas) em pacientes com MCC
metastático no estudo EMR100070-003 (Parte A)*
Desfechos de eficácia (Parte A)
(segundo RECIST v1.1, IERC)
Resultados
(N=88)
Taxa de resposta objetiva (ORR)
Taxa de resposta, CR+PR** n (%)
(IC 95%)
29 (33,0%)
(23,3; 43,8)
Melhor resposta global confirmada (BOR)
Resposta completa (CR)** n (%)
Resposta parcial (PR)** n (%)
10 (11,4%)
19 (21,6%)
Duração da resposta (DOR)a
Mediana, meses
(95% IC)
Mínimo; máximo (meses)
≥ 6 meses por K-M, (95% IC)
≥ 12 meses por K-M, (95% IC)
≥ 24 meses por K-M, (95% IC)
≥ 36 meses por K-M, (95% IC)
40,5
(18, não estimável)
2,8; 41,5+
93% (75; 98)
71% (51; 85)
67% (47; 82)
52% (26; 73)
Sobrevida livre de progressão (PFS)
PFS mediana, meses
(95% IC)
Taxa da PFS aos 6 meses por K-M, (95% IC)
Taxa da PFS aos 12 meses por K-M, (95% IC)
Taxa da PFS aos 24 meses por K-M, (95% IC)
Taxa da PFS aos 36 meses por K-M, (95% IC)
2,7
(1,4; 6,9)
40% (29; 50)
29% (19; 39)
26% (17; 36)
21% (12; 32)
IC: Intervalo de confiança; RECIST: Critérios de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos; IERC:
Comitê Independente de Avaliação de Desfechos; K-M: Kaplan-Meier; +denota um valor censurado
* Dados de eficácia com acompanhamento mínimo de 36 meses (corte dos dados em 14 de setembro de
2018)
**CR ou PR foi confirmada em uma avaliação tumoral subsequente
a Com base no número de pacientes com resposta confirmada (CR ou PR)
O tempo mediano até a resposta foi de 6 semanas (intervalo: 6 semanas a 36 semanas) após a
primeira dose de avelumabe. Vinte e dois de um total de 29 pacientes (76%) com resposta
responderam no período de 7 semanas após a primeira dose de avelumabe.
A curva de Kaplan-Meier para PFS dos 88 pacientes (Parte A) com MCC metastático é
apresentada na Figura 1.
Figura 1: Curva Kaplan-Meier: estimativa de sobrevida livre de progressão (PFS) de acordo
com RECIST v1.1, IERC) (Parte A, acompanhamento mínimo de 36 meses)
As amostras de tumor foram avaliadas para expressão de PD-L1 em células tumorais e para o
poliomavírus de células de Merkel (MCV), utilizando um ensaio investigacional de imunohistoquímica (IHC). A Tabela 2 resume as taxas de resposta objetiva de acordo com a
expressão de PD-L1 e o status de MCV de pacientes com MCC metastático no estudo
EMR100070-003 (Parte A).
Estimativa Produto-Limite da Sobrevida Livre de Progressão (PFS) (N=88)
Tabela 2: Taxas de Resposta Objetiva de acordo com expressão de PD-L1 e status tumoral de
MCV em pacientes com MCC metastático no estudo EMR100070-003 (Parte A)
Avelumabe
ORR (95% IC)*
Expressão PD-L1 no corte de dados ≥ 1%
Positiva (n=58)
Negativa (n=16)
N=74ª
36,2% (24,0; 49,9)
18,8% (4,0; 45,6)
Status do tumor para IHC-MCV
Positivo (n=46)
Negativo (n=31)
N=77b
28,3% (16,0; 43,5)
35,5% (19,2; 54,6)
IHC: imuno-histoquímica; MCV: poliomavírus de células de Merkel; ORR: taxa de resposta objetiva
* ORR (corte de dados em 14 de setembro de 2018) a Baseado em dados de pacientes avaliáveis para PD-L1
b Baseado em dados de pacientes avaliáveis para MCV por imuno-histoquímica (IHC)
Estudo 003 Parte B – pacientes que não tinham recebido terapia sistêmica no contexto
metastático. O principal parâmetro de avaliação da eficácia foi a resposta de longa duração,
definida como resposta objetiva (resposta completa (complete response - CR) ou resposta
parcial (partial response - PR)) com uma duração de, pelo menos, 6 meses; os parâmetros
secundários incluíram BOR, DOR, PFS e OS.
A análise primária para a Parte B incluiu 116 pacientes que receberam pelo menos uma
dose de avelumabe com um acompanhamento mínimo de 15 meses quando se deu a análise
dos dados (data do corte: 02 de maio de 2019).
Dentre os 116 pacientes, 81 (70%) eram do sexo masculino, a idade mediana foi de 74 anos
(intervalo: 41 a 93 anos), 75 (65%) eram de raça branca, 72 (62%) e 44 (38%)
apresentavam um estado de performance, segundo o ECOG, de 0 e 1, respetivamente.
A Tabela 3 resume a análise primária dos parâmetros de avaliação de eficácia, incluindo
uma estimativa das taxas de 24 meses de Kaplan-Meier para DOR e PFS, em pacientes que
receberam avelumabe na dose recomendada no estudo EMR100070-003, Parte B.
Tabela 3: Análise primária da resposta ao avelumabe na dose de 10 mg/kg em intervalos de 2
semanas em pacientes com MCC metastático no estudo EMR100070-003 (Parte B)*
Objetivos finais da eficácia (Parte B)
(segundo os RECIST v1.1, IERC)
Resultados
(N=116)
Resposta de longa duração
≥ 6 meses 30,2%
(IC 95%) (22,0; 39,4)
Taxa de resposta objetiva (ORR)
Taxa de resposta, CR+PR** n (%) 46 (39,7%)
(IC 95%) (30,7; 49,2)
Melhor resposta global (BOR) confirmada
Resposta completa (CR)** n (%) 19 (16,4%)
Resposta parcial (PR)** n (%) 27 (23,3%)
Duração da resposta (DOR)a
Mediana, meses 18,2
(IC 95%) (11,3; não estimável)
Mínimo; máximo (meses) 1,2; 28,3
≥ 3 meses por K-M, (IC 95%) 89% (75; 95)
≥ 6 meses por K-M, (IC 95%) 78% (63; 87)
≥ 12 meses por K-M, (IC 95%) 66% (50; 78)
≥ 18 meses por K-M, (IC 95%) 52% (34; 67)
≥ 24 meses por K-M, (IC 95%) 45% (25; 63)
Sobrevida livre de progressão (PFS)
PFS mediana, meses 4,1
(IC 95%) (1,4; 6,1)
Taxa da PFS aos 3 meses por K-M, (IC 95%) 51% (42; 60)
Taxa da PFS aos 6 meses por K-M, (IC 95%) 41% (32; 50)
Taxa da PFS aos 12 meses por K-M, (IC 95%) 31% (23; 40)
Taxa da PFS aos 24 meses por K-M, (IC 95%) 20% (12; 30)
IC: Intervalo de confiança; RECIST: Response Evaluation Criteria in Solid Tumours (Critérios de
Avaliação da Resposta em Tumores Sólidos); IERC: Independent Endpoint Review Committee
(Comitê de Revisão Independente dos Parâmetros de Avaliação); K-M: Kaplan-Meier
* Dados de eficácia com um acompanhamento mínimo de 15 meses (data do corte de dados 02 de
maio de 2019)
** CR ou PR foi confirmada numa avaliação tumoral subsequente a Baseado no número de pacientes com resposta confirmada (CR ou PR)
A figura 2 apresenta a curva de Kaplan-Meier para PFS da análise primária com 116 pacientes
incluídos na Parte B com um acompanhamento mínimo de 15 meses.
e
at
m i t
s
E
er
ei
Man l
a
p
Progression Free Survival by IERC
# At Risk
Figura 2: Estimativas por Kaplan-Meier da sobrevida livre de progressão (PFS) segundo os
RECIST v1.1, IERC (Parte B, N=116))
Estimativa Produto-Limite da Sobrevida Livre de Progressão (PFS) (N=116)
1.0
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
116 60 56 45 39 24 18 10 8 5 4 3 0
Foram avaliadas amostras tumorais para determinação da expressão de PD-L1 nas células
tumorais e detecção do MCV utilizando um ensaio de IHC experimental. A Tabela 4 resume
as taxas de resposta objetiva segundo a expressão de PD-L1 e o status do MCV nos pacientes
com MCC metastático no estudo EMR100070-003 (Parte B).
Tabela 4: Taxas de resposta objetiva por expressão de PD-L1 e status tumoral do MCV em
pacientes com MCC metastático no estudo EMR100070-003 (Parte B)
Avelumabe
ORR (IC 95%)*
Expressão de PD-L1 no corte de dados ≥ 1%
Positiva (n=21)
Negativa (n=87)
N=108a
61,9% (38,4; 81,9)
33,3% (23,6; 44,3)
Status tumoral de IHC-MCV
Positivo (n=70)
Negativo (n=37)
N=107b
34,3% (23,3; 46,6)
48;6% (31,9; 65,6)
IHC: ensaio imuno-histoquímico; MCV: poliomavírus de células de Merkel; ORR: taxa de resposta
objetiva
* ORR (data do corte de dados 02 de maio de 2019) a Baseado em dados de pacientes avaliáveis quanto a PD-L1
b Baseado em dados de pacientes avaliáveis quanto a MCV por IHC
Carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático (estudo B9991001)
A eficácia e segurança do avelumabe foram demonstradas no estudo B9991001, um estudo
randomizado, multicêntrico e aberto, realizado em 700 pacientes com carcinoma urotelial
metastático, localmente avançado ou irressecável, cuja doença não progrediu com
quimioterapia de indução à base de platina de primeira linha. Pacientes com doença
autoimune ou condição médica que exigia imunossupressão foram excluídos.
A randomização foi estratificada pela melhor resposta à quimioterapia (CR/PR vs. doença
estável [SD]) e local da metástase (visceral vs. não visceral) no momento do início da
quimioterapia de indução de primeira linha. Os pacientes foram randomizados (1:1) para
Sobrevida livre de progressão pelo IERC (meses)
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# Em risco Estimativa por Kaplan-Meier
receber infusão intravenosa de 10 mg/kg de avelumabe a cada 2 semanas mais os melhores
cuidados de suporte (BSC) ou apenas BSC.
O tratamento com avelumabe continuou até a progressão da doença definida pelos Critérios
de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos (RECIST) v1.1 por Avaliação Central
Independente Cega (BICR) ou toxicidade inaceitável. A administração de avelumabe foi
permitida além da progressão da doença definida por RECIST caso o paciente estivesse
clinicamente estável e considerado como tendo benefício clínico pelo investigador. A
avaliação do status do tumor foi realizada no período basal, 8 semanas após a randomização,
seguido de avaliações a cada 8 semanas até 12 meses após a randomização, e a cada 12
semanas a partir de então, até a progressão da doença confirmada e documentada com base na
avaliação do BICR de acordo com RECIST v1.1.
As características demográficas e basais foram geralmente bem equilibradas entre o
avelumabe mais BSC e o braço de BSC isolado. As características basais foram uma idade
mediana de 69 anos (variação: 32 a 90), 66% dos pacientes tinham 65 anos ou mais, 77%
eram do gênero masculino, 67% eram brancos e o PS de ECOG era 0 (61%) ou 1 (39%) para
ambos os braços.
Para a quimioterapia de indução de primeira linha, 56% dos pacientes receberam cisplatina
mais gencitabina, 38% dos pacientes receberam carboplatina mais gencitabina e 6% dos
pacientes receberam cisplatina mais gencitabina e carboplatina mais gencitabina (ou seja,
esses pacientes receberam um ou mais ciclos de cada combinação). A melhor resposta à
quimioterapia de indução de primeira linha foi CR ou PR (72%) ou SD (28%). Os sítios de
metástase antes da quimioterapia eram viscerais (55%) ou não viscerais (45%). Cinquenta e
um por cento dos pacientes tinham tumores PD-L1-positivos. Seis por cento dos pacientes no
braço de avelumabe mais BSC e 44% dos pacientes no braço de BSC isolado receberam outro
inibidor da via imunológica PD-1/PD-L1 após a descontinuação do tratamento.
A medida de resultado de eficácia primária foi a sobrevida global (OS) em todos os pacientes
randomizados e em pacientes com tumores PD-L1 positivos.
A sobrevida livre de progressão (PFS) com base na avaliação BICR por RECIST v1.1 foi uma
medida de resultado de eficácia adicional.
Os resultados de eficácia foram medidos a partir do momento da randomização após 4 a 6
ciclos de quimioterapia de indução à base de platina.
Os resultados de eficácia são apresentados a seguir.
Tabela 5: Resultados de eficácia do estudo B9991001 – Conjunto de análise completo
Desfechos de eficácia Avelumabe mais
BSC
(N=350)
BSC
(N=350)
Sobrevida global (OS)
Eventos (%)
Mediana em meses (IC de 95%)
Razão de risco (IC de 95%)
Valor p bilateral*
Taxa de OS de 12 meses por K-M (IC de
95%)**
Taxa de OS de 18 meses por K-M (IC de
95%)**
145 (41,4)
21,4 (18,9; 26,1)
179 (51,1)
14,3 (12,9; 17,9)
0,69 (0,556; 0,863)
0,0010
71,3% (66,0; 76,0)
61,3% (55,4; 66,7)
58,4% (52,7; 63,7)
43,8% (37,8; 49,7)
Sobrevida livre de progressão (PFS)***
Eventos (%)
Mediana em meses (IC de 95%)
Razão de risco (IC de 95%)
Valor p bilateral*
225 (64,3)
3,7 (3,5; 5,5)
260 (74,3)
2,0 (1,9; 2,7)
0,62 (0,519, 0,751)
< 0,0001
IC: intervalo de confiança; K-M: Kaplan-Meier
* valor p com base na classificação logarítmica estratificada
** ICs são derivados usando a transformação log-log com retrotransformação para escala não transformada
*** com base na avaliação BICR por RECIST v1.1
Figura 3: Estimativas de Kaplan-Meier para sobrevida global (OS) - Conjunto de análise
completo
Figura 4: Estimativas de Kaplan-Meier para sobrevida livre de progressão (PFS) com base na
avaliação BICR (RECIST v1.1) - Conjunto de análise completo
Foi observada uma melhora clinicamente significativa e estatisticamente significativa na OS
para todos os pacientes designados para avelumabe mais BSC, com uma redução de 31% no
risco de morte, em comparação com pacientes designados para apenas BSC (HR estratificado
0,69; RCI: 0,536, 0,923; valor de p unilateral 0,0005). A OS mediana foi de 21,4 meses (IC de
95%: 18,9, 26,1) no braço avelumabe mais BSC e 14,3 meses (IC 95%: 12,9, 17,9) no braço
BSC isolado. Em relação aos pacientes com tumores PD-L1 positivos, foi observada uma
melhora clínica e estatisticamente significativa na OS para todos os pacientes designados para
avelumabe mais BSC, com uma redução de 44% no risco de morte, em comparação com
pacientes designados para apenas BSC (HR estratificado 0,56; RCI: 0,388, 0,937; valor de p
unilateral 0,0003). A OS mediana não foi alcançada (IC 95%: 20,3 meses, não alcançada) no
braço avelumabe mais BSC e foi de 17,1 meses (IC 95%: 13,5, 23,7) no braço BSC isolado.
Deve-se notar que os resultados observados para OS em todos os pacientes randomizados não
foram conduzidos exclusivamente pelos resultados observados em pacientes com tumores
PD-L1 positivos, uma vez que na análise exploratória para pacientes com tumores negativos
para PD-L1, a OS observada neste subgrupo foi mais longa no braço avelumabe mais BSC do
que no braço BSC isolado (HR não estratificado 0,86; IC 95%: 0,619, 1,182) (Figura 5).
Resultados consistentes foram observados em subgrupos especificados previamente,
incluindo melhor resposta à quimioterapia de indução de primeira linha e sítios de metástase
conforme mostrado na Figura 5.
Figura 5: Forest plot de sobrevida geral (OS) por subgrupos - Conjunto de análise completo
Carcinoma de células renais avançado (estudo B9991003)
A eficácia e segurança do avelumabe em combinação com axitinibe foram demonstradas no
estudo B9991003, um estudo aberto randomizado, multicêntrico, de avelumabe em associação
com axitinibe em 886 pacientes com RCC avançado não tratado. Os pacientes foram incluídos
independentemente da expressão PD-L1 do tumor.
Não foram elegíveis pacientes com terapia sistêmica prévia direcionada a RCC avançado ou
metastático; tratamento imunoterápico sistêmico prévio com anticorpos IL-2, IFN-α, anti-PD1, anti-PD-L1 ou anti-CTLA-4, ou metástase cerebral ativa.
A randomização foi estratificada de acordo com o Status de Desempenho (PS) do Eastern
Cooperative Oncology Group (ECOG) (0 vs. 1) e região (Estados Unidos vs. Canadá/Europa
Ocidental vs. o resto do mundo). Pacientes foram randomizados (1: 1) para cada um dos
seguintes braços de tratamento:
• avelumabe 10 mg/kg de infusão intravenosa a cada 2 semanas em combinação com
axitinibe 5 mg duas vezes ao dia (N = 442). O axitinibe poderia ser interrompido ou
reduzido para 3 mg duas vezes ao dia e subsequentemente a 2 mg duas vezes ao dia para
controlar a toxicidade. Pacientes que toleraram 5 mg de axitinibe duas vezes ao dia sem
eventos adversos Grau 2 ou superior relacionados ao axitinibe por 2 semanas consecutivas
poderiam aumentar para 7 mg e, posteriormente, para 10 mg duas vezes ao dia.
• sunitinibe 50 mg uma vez ao dia por via oral por 4 semanas, seguido de 2 semanas de
retirada (N = 444) até progressão radiográfica ou clínica ou toxicidade inaceitável.
O tratamento com Bavencio® e axitinibe continuou até a progressão da doença definida pelo
RECIST v1.1 pela avaliação da Blinded Independent Central Review (BICR) ou toxicidade
inaceitável. A administração de Bavencio® e axitinibe foi permitida além da progressão da
doença definida pelo RECIST caso o paciente estivesse clinicamente estável e considerado ser
um benefício clínico derivado pelo investigador.
A avaliação do status do tumor foi realizada no início do estudo, após a randomização em 6
semanas, depois a cada 6 semanas até 18 meses após a randomização e a cada 12 semanas
após a confirmação da progressão da doença pelo BICR.
Os desfechos primários de eficácia foram sobrevida livre de progressão (PFS), avaliada pela
Blinded Independent Central Review (BICR) usando Critérios de Avaliação de Resposta em
Tumores Sólidos (RECIST) v1.1 e sobrevida global (OS) no tratamento de primeira linha de
pacientes com RCC avançado que apresentam tumores PD-L1 positivos (nível de expressão
de PD-L1 ≥ 1%). Os principais desfechos secundários foram a PFS com base na avaliação
BICR de acordo com o RECIST v.1.1 e OS, independentemente da expressão de PD-L1. O
status de PD-L1 foi determinado por imuno-histoquímica. Desfechos secundários adicionais
incluíram resposta objetiva (OR), tempo de resposta (TTR) e duração da resposta (DOR).
As características da população estudada foram: idade mediana de 61 anos (intervalo: 27,0 a
88,0), 38% dos pacientes tinham 65 anos ou mais, 75% eram do sexo masculino, 75% eram
brancos e o escore de desempenho do ECOG foi 0 (63%) ou 1 (37%).
A distribuição de pacientes pelos grupos de risco do Banco de Dados Internacional de
Carcinoma de Células Renais Metastático (IMDC) foi 21% favorável, 62% intermediário e
16% desfavorável. A distribuição de pacientes pelos grupos de risco Memorial Sloan –
Kettering Cancer Center (MSKCC) foi 22% favorável, 65% intermediário e 11%
desfavorável.
As primeiras avaliações tumorais foram realizadas 6 semanas após a randomização e
continuaram a cada 6 semanas até 18 meses após a randomização e a cada 12 semanas após a
confirmação da progressão da doença.
Os resultados de eficácia são apresentados na Tabela 6 e na Figura 6.
Tabela 6: Resultados de eficácia do estudo B9991003 - Conjunto completo de análise
Parâmetros de eficácia
(com base na avaliação BICR)
Avelumabe +
axitinibe
(N=442)
Sunitinibe
(N=444)
Sobrevida livre de progressão (PFS)
Eventos(%) 180 (41) 216 (49)
Mediana, meses (95% IC) 13.8 (11.1, NE) 8.4 (6.9, 11.1)
Razão de risco(95% IC) 0.69 (0.56, 0.84)
Valor p* 0.0001
Taxa de PFS de 12 meses por K-M, (95% IC)** 53.5% (47.8, 58.8) 41.2% (35.4, 46.8)
Taxa de PFS de 18 meses por K-M, (95% IC)** 45.2% (0.38, 0.52) 30.4% (0.22, 0.39)
Taxa de resposta objetiva confirmada (ORR)
Taxa de resposta objetiva (ORR) n (%) 227 (51.4) 114 (25.7)
(95% IC) 46.6, 56.1 21.7, 30.0
Resposta completa (CR) n (%) 15 (3.4) 8 (1.8)
Resposta parcial (PR) n (%) 212 (48.0) 106 (23.9)
Doença estável (SD) n (%) 131 (29.6) 202 (45.5)
Taxa de controle da doença (DCR) n (%) 366 (82.8) 326 (73.4)
Doença progressiva (PD) n (%) 51 (11.5) 83 (18.7)
Tempo para resposta (TTR) 2.6 (1.2, 13.8) 3.2 (1.2, 11.6) Mediana, meses (intervalo)
Duração da resposta(DOR) NE (NE, NE) NE (11.2, NE) Mediana, meses (95% IC)
BICR: Blinded Independent Central Review; IC: Intervalo de confiança; NE: Não estimável.
* Valor p baseado no log-rank estratificado.
** Os ICs são derivados usando a transformação log-log com transformação de retorno para escala
não transformada.
No momento da primeira análise interina, os dados de sobrevida global (OS) ainda eram
imaturos. A razão de risco observada (HR) foi de 0,78 (IC 95%: 0,554, 1,084) a favor do
avelumabe em combinação com axitinibe. A mediana da OS ainda não foi alcançada em
nenhum dos braços de tratamento. A probabilidade de sobrevida aos 12 meses foi de 86,3%
(IC 95%: 82,2%, 89,5%) para o braço avelumabe mais axitinibe e 83,0% (IC 95%: 78,8%,
86,5%) para o braço de sunitinibe.
Figura 6: Estimativa K-M para PFS com base na avaliação BICR - Conjunto completo de
análise
Uma melhora estatisticamente significativa na PFS foi observada tanto em pacientes com
tumores PD-L1-positivos como em todos os pacientes, independentemente da expressão de
PD-L1, que receberam a combinação de avelumabe com axitinibe; com uma redução de 39%
e 31% do risco de progressão ou morte, em comparação com os pacientes tratados com
sunitinibe, respetivamente. Melhora da PFS foi observada em todos os grupos de risco com
base nos critérios IMDC e MSKCC.
Para pacientes independentemente da expressão de PD-L1, as taxas de risco para IMDC
foram risco favorável: HR 0,539 (IC 95%: 0,321, 0,907), intermediário: HR 0,736 (IC 95%:
0,570, 0,950), risco desfavorável: HR 0,574 (95% IC: 0,375, 0,880) e para MSKCC foram
risco favorável: HR 0,652 (IC 95%: 0,397, 1,072), risco intermediário: HR 0,715 (IC 95%:
0,559, 0,915), risco desfavorável: HR 0,495 (IC 95%: 0,296, 0,827).
Referências:
D’Angelo SP, Russel, J, Lebbe C, et al. Efficacy and safety of first-line avelumab treatment in
patients with stage IV metastatic Merkel cell carcinoma. A preplanned interim analysis of a
clinical trial. JAMA Oncol.2018; doi:10.1001/jamaoncol.2018.0077.
Kaufman HL, Russell JS, Hamid O, et al. Updated efficacy of avelumab in patients with
previously treated metastatic Merkel cell carcinoma after ≥1 year of follow-up: JAVELIN
Merkel 200, a phase 2 clinical trial. Immunother Cancer. 2018; 6(1):7. doi: 10.1186/s40425-
017-0310-x.
Bavencio: EPAR - Product Information. EMA Summary of product characteristics.
http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/004338/hu
man_med_002157.jsp&mid=WC0b01ac058001d124. Acesso em 27 de novembro de 2020.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Outros medicamentos antineoplásicos, anticorpos monoclonais,
Código ATC: L01FF04.
Mecanismo de ação
O avelumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 (imunoglobulina humana G1) completamente
humano que age contra o ligante de morte celular programada 1 (PD-L1). O avelumabe se
liga ao PD-L1 e bloqueia a sua interação com o receptor de morte programada 1 (PD-1) e o
receptor B7.1. Isto remove os efeitos supressores de PD-L1 sobre as células T citotóxicas
CD8+, o que resulta na restauração das respostas antitumorais de células T.
O avelumabe também mostrou induzir a lise das células tumorais mediada por células natural
killer (NK) através da citotoxidade celular dependente de anticorpo (ADCC) in vitro.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética (PK) do avelumabe foi avaliada utilizando uma abordagem de PK
populacional para o avelumabe como monoterapia e avelumabe em combinação com
axitinibe.
Com base numa análise farmacocinética populacional de avelumabe, em monoterapia e em
associação com axitinibe, não existem diferenças clinicamente significativas esperadas na
exposição de avelumabe entre a administração realizada a cada 2 semanas com 800 mg ou
com 10 mg/kg.
Distribuição
É previsto que o avelumabe seja distribuído na circulação sistêmica e, em menor medida, no
espaço extracelular. O volume de distribuição no estado de equilíbrio estacionário foi de
4,72 L.
Consistente com uma distribuição extravascular limitada, o volume de distribuição de
avelumabe no estado estacionário é pequeno. Como é de esperar com um anticorpo, o
avelumabe não se liga às proteínas plasmáticas de maneira específica.
Eliminação
Com base em análise farmacocinética de uma população de 1.629 pacientes, o valor do
clearance sistêmico total (CL) é 0,59 L/dia. Na análise suplementar, constatou-se que o CL de
avelumabe decresceu ao longo do tempo: a maior mediana de redução máxima (% de
coeficiente de variação [CV%]) do valor basal com diferentes tipos de tumor foi de
aproximadamente 32,1% (CV 36,2%).
Concentrações de estado estacionário de avelumabe foram alcançadas após aproximadamente
4 a 6 semanas (2 a 3 ciclos) de doses repetidas de 10 mg/kg, a cada 2 semanas, e o acúmulo
sistêmico foi de aproximadamente 1,25 vezes.
A meia-vida de eliminação (t1/2) na dose recomendada é de 6,1 dias, com base na análise
farmacocinética da população.
Linearidade/não-linearidade
A exposição ao avelumabe aumentou em proporção com a dose na faixa de 10 mg/kg a 20
mg/kg, a cada 2 semanas.
Quando avelumabe 10 mg/kg foi administrado em combinação com axitinibe 5 mg, as
respectivas exposições de avelumabe e axitinibe permaneceram inalteradas em comparação
aos agentes isolados. Não houve evidência que sugerisse uma alteração clinicamente relevante
da depuração do avelumabe ao longo do tempo em pacientes com RCC avançado.
Populações especiais
Uma análise de farmacocinética de população não sugeriu diferenças no clearance sistêmico
total de avelumabe com base na idade, gênero, etnia, status PD-L1, carga tumoral,
insuficiência renal e insuficiência hepática leve ou moderada.
O clearance sistêmico total aumenta com o peso corporal. A exposição no estado estacionário
foi aproximadamente uniforme em uma ampla gama de pesos corporais (30 a 204 kg) para a
dose normalizada por peso corporal.
Insuficiência renal
Nenhuma diferença clinicamente significativa no clearance do avelumabe foi encontrada entre
pacientes com insuficiência renal leve (taxa de filtração glomerular (GFR) de 60 a 89
mL/min, clearance de creatinina por Cockcroft-Gault [CrCL]) n=623), moderada (GFR de 30
a 59 mL/min, n=320) e pacientes com função renal normal (GFR ≥ 90 mL/min, n=671).
O avelumabe ainda não foi estudado em pacientes com insuficiência renal grave (GFR de 15 a
29 mL/min).
Insuficiência hepática
Nenhuma diferença clinicamente significativa no clearance do avelumabe foi encontrada entre
pacientes com insuficiência hepática leve (bilirrubina ≤ ao limite máximo do normal [ULN] e
aspartato transaminase [AST] > o ULN ou bilirrubina entre 1 e 1,5 vezes o ULN, n = 217) e
função hepática normal (bilirrubina e AST ≤ ao ULN, n=1388) em uma análise
farmacocinética de população. A insuficiência hepática foi definida pelos critérios de
disfunção hepática do National Cancer Institute (NCI).
O avelumabe ainda não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática moderada
(bilirrubina entre 1,5 e 3 vezes o ULN) ou grave (bilirrubina > 3 vezes o ULN).
Dados de segurança pré-clínica
Dados não clínicos não revelaram riscos especiais para humanos com base em estudos
convencionais de toxicidade de dose repetida em macacos Cynomolgus, quando foram
administradas por via intravenosa doses de 20, 60 ou 140 mg/kg, uma vez por semana durante
1 mês e 3 meses, seguindo-se um período de recuperação de 2 meses após o período de
dosagem de 3 meses. Foi observado infiltrado perivascular de células mononucleares no
cérebro e medula espinhal de macacos tratados com uma concentração de avelumabe ≥ 20
mg/kg por 3 meses. Embora não existisse uma relação dose-resposta clara, não se pode
excluir que este achado esteja relacionado ao tratamento com avelumabe.
Estudos de reprodução animal não foram realizados com avelumabe. Acredita-se que a via
PD-1/PD-L1 está envolvida na manutenção da tolerância ao feto durante a gravidez. O
bloqueio da sinalização PD-L1 foi mostrado como capaz de romper a tolerância ao feto em
modelos murinos de gravidez, resultando em aumento da perda fetal. Estes resultados indicam
um risco potencial de que a administração de avelumabe durante a gravidez possa causar
danos ao feto, incluindo taxas aumentadas de aborto ou morte fetal.
Não foram realizados estudos para avaliar o potencial do avelumabe quanto à
carcinogenicidade ou genotoxicidade.
Estudos de fertilidade não foram realizados com avelumabe. Nos estudos de toxicologia de
dose repetida de 1 mês e 3 meses em macacos, não houve efeitos notáveis nos órgãos
reprodutivos femininos. Muitos dos macacos machos usados nesses estudos eram
sexualmente imaturos e, portanto, não podem ser feitas conclusões explícitas quanto aos
efeitos nos órgãos reprodutores masculinos.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao avelumabe ou a qualquer dos excipientes.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Reações relacionadas à infusão
Reações relacionadas à infusão, que podem ser graves, têm sido relatadas em pacientes que
receberam avelumabe (ver “Reações adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais clínicos e sintomas de reações relacionadas
à infusão, incluindo pirexia, calafrios, rubores, hipotensão, dispneia, chiados no peito, dor nas
costas, dor abdominal e urticária.
Para reações relacionadas à infusão de graus 3 ou 4, a infusão deve ser interrompida e o
avelumabe permanentemente descontinuado (ver “Posologia e modo de usar”).
Para reações relacionadas à infusão de grau 1, a taxa de infusão deve ser desacelerada em
50% na infusão em curso. Para pacientes com reações relacionadas à infusão de grau 2, a
infusão deve ser descontinuada temporariamente até que a reação regrida ao grau 1 ou se
resolva. A infusão pode então ser retomada em uma taxa 50% mais lenta. (ver “Posologia e
modo de usar”).
Em caso de recorrência da reação relacionada à infusão de grau 1 ou grau 2, o paciente pode
continuar a receber avelumabe com monitoramento cuidadoso, após a modificação adequada
da taxa de infusão e pré-medicação com paracetamol e anti-histamínico (ver “Posologia e
modo de usar”).
Nos estudos clínicos, 98,6% (433/439) dos pacientes com reações relacionadas à infusão
apresentaram uma primeira reação relacionada à infusão durante as 4 primeiras infusões, das
quais 2,7% (12/439) foram de grau ≥ 3. No restante 1,4% (6/439) dos pacientes, as reações
relacionadas à infusão ocorreram após as primeiras 4 infusões e todas foram de grau 1 ou 2.
Reações adversas imunomediadas
A maioria das reações adversas imunomediadas que ocorreram durante o tratamento com
avelumabe foram reversíveis e controladas com a descontinuação temporária ou permanente
de avelumabe, administração de corticosteroides e/ou cuidados de suporte.
Para reações adversas imunomediadas suspeitas, deve ser realizada uma avaliação adequada
para confirmar a etiologia ou excluir outras causas. Com base na gravidade da reação adversa,
o avelumabe deve ser suspenso e corticosteroides administrados. Caso corticosteroides sejam
usados para tratar uma reação adversa, um período de retirada gradual de pelo menos 1 mês
de duração deve ser iniciado após a melhora.
Em pacientes, cujas reações adversas imunomediadas não puderam ser controladas com o uso
de corticosteroides, pode ser considerada a administração de outros imunossupressores
sistêmicos.
Pneumonite imunomediada
Ocorreu pneumonite imunomediada em pacientes tratados com avelumabe. Foi notificado um
caso fatal em pacientes tratados com avelumabe (ver “Reações adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais e sintomas de pneumonite imunomediada e
outras causas além de pneumonite imunomediada devem ser descartadas. Suspeita de
pneumonite deve ser confirmada com exame radiográfico de imagem.
Corticosteroides devem ser administrados para eventos grau ≥ 2 (dose inicial de 1 a 2
mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, seguida de uma redução gradual de dose).
O uso do avelumabe deve ser suspenso até a resolução de pneumonite imunomediada grau 2 e
descontinuado permanentemente na pneumonite grau 3 , grau 4 ou de grau 2 recorrente (ver
“Posologia e modo de usar”).
Hepatoxicidade e hepatite imunomediada
Ocorreu hepatite imunomediada em pacientes tratados com avelumabe. Foram notificados
dois casos fatais em pacientes tratados com avelumabe (ver “Reações adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a alterações na função hepática e sintomas de
hepatite imunomediada. Devem ser descartadas outras causas além da hepatite
imunomediada.
Corticosteroides devem ser administrados para eventos de grau ≥ 2 (dose inicial de 1 a 2
mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, seguida de uma redução gradual da dose).
O uso do avelumabe deve ser suspenso até a resolução de hepatite imunomediada grau 2 e
descontinuado permanentemente na hepatite imunomediada grau ≥ 3 (ver “Posologia e modo
de usar”).
Hepatotoxicidade (em combinação com axitinibe)
Bavencio® em combinação com axitinibe pode provocar hepatotoxicidade, com elevação de
ALT e AST de Grau 3 e 4 (ver “Reações adversas”) em frequências mais altas do que as
esperadas. Deve ser considerado o monitoramento mais frequente das enzimas hepáticas em
comparação a quando os medicamentos são usados como monoterapia. O uso de Bavencio® e
de axitinibe deve ser suspenso se ocorrer hepatotoxicidade moderada (Grau 2) e a combinação
descontinuada permanentemente se ocorrer hepatotoxicidade grave ou que ponha em risco a
vida do paciente (Grau 3 ou 4). Corticosteroides podem ser administrados, caso necessário
(ver “Posologia e modo de usar”).
Colite imunomediada
Colite imunomediada tem sido reportada em pacientes que receberam avelumabe (ver
“Reações adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais e sintomas de colite imunomediada e outras
causas além de colite imunomediada devem ser descartadas. Corticosteroides devem ser
administrados para eventos grau ≥ 2 (dose inicial de 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona ou
equivalente, seguida de uma redução gradual da dose).
O uso do avelumabe deve ser suspenso até a resolução de colite imunomediada grau 2 ou 3 e
descontinuado permanentemente na colite imunomediada grau 4 ou grau 3 recorrente (ver
“Posologia e modo de usar”).
Pancreatite imunomediada
Pancreatite imunomediada tem sido reportada em pacientes recebendo avelumabe. Dois casos
fatais foram relatados em pacientes que receberam avelumabe em combinação com axitinibe
(ver “Reações adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais e sintomas de pancreatite imunomediada.
Em pacientes sintomáticos, efetuar acompanhamento gastroenterológico e investigações
laboratoriais (incluindo exames de imagem) para garantir o início de medidas apropriadas
desde o estágio inicial. Corticosteroides devem ser administrados para pancreatite
imunomediada (dose inicial de 1 a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, seguida de uma
redução gradual da dose).
O uso do avelumabe deve ser suspenso em caso de suspeita de pancreatite imunomediada.
Avelumabe deve ser descontinuado permanentemente se a pancreatite imunomediada for
confirmada (ver “Posologia e modo de usar”).
Miocardite imunomediada
Miocardite imunomediada tem sido reportada em pacientes recebendo avelumabe. Dois casos
fatais foram relatados em pacientes que receberam avelumabe em combinação com axitinibe
(ver “Reações adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais e sintomas de miocardite imunomediada.
Em pacientes sintomáticos, efetuar acompanhamento cardiológico e investigações
laboratoriais para garantir o início de medidas apropriadas desde o estágio inicial.
Corticosteroides devem ser administrados para miocardite imunomediada (dose inicial de 1 a
2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, seguida de uma redução gradual da dose). Nâo
havendo melhora dentro de 24 horas com corticosteroides, deve-se considerar
imunossupressão adicional (por exemplo, com micofenolato, infliximabe, globulina antitimócito).
O uso de avelumabe deve ser suspenso em caso de suspeita de miocardite imunomediada.
Avelumabe deve ser descontinuado permanentemente se a miocardite imunomediada for
confirmada (ver “Posologia e modo de usar”).
Endocrinopatias imunomediadas
Distúrbios de tireoide imunomediados, insuficiência adrenal imunomediada e diabetes
mellitus tipo 1 têm sido reportados em pacientes que receberam avelumabe (ver “Reações
adversas”). Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais clínicos e sintomas de
endocrinopatias. O uso do avelumabe deve ser suspenso até a resolução das endocrinopatias
grau 3 ou 4 (ver “Posologia e modo de usar”).
Distúrbios de tireoide (hipotireoidismo/hipertireoidismo)
Distúrbios da tireoide podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento (ver “Reações
adversas”).
Pacientes devem ser monitorados quanto a alterações na função da tireoide (no início do
tratamento, periodicamente durante o tratamento e conforme indicado com base na avaliação
clínica) e a sinais clínicos e sintomas de distúrbios da tireoide. O hipotireoidismo deve ser
controlado com terapia de substituição e hipertireoidismo com medicamentos antitireoidianos,
conforme for necessário.
O avelumabe deve ser suspenso na ocorrência de distúrbios de tireoide grau 3 ou 4 (ver
“Posologia e modo de usar”).
Insuficiência adrenal
Pacientes devem ser monitorados quanto a sinais clínicos e sintomas de insuficiência adrenal
durante e após o tratamento. Corticosteroides devem ser administrados (1 a 2 mg/kg/dia de
prednisona intravenosa ou dose oral equivalente) para insuficiência adrenal grau ≥ 3, seguida
de uma redução gradual, até se chegar a uma dose igual ou inferior a 10 mg/dia.
O avelumabe deve ser suspenso quando da ocorrência de insuficiência adrenal sintomática de
grau 3 ou 4 (ver “Posologia e modo de usar”).
Diabetes mellitus tipo 1
O avelumabe pode causar diabetes mellitus tipo 1, incluindo cetoacidose diabética (ver
“Reações adversas”).
Os pacientes devem ser monitorados quanto à hiperglicemia ou outros sinais e sintomas de
diabetes. Iniciar tratamento com insulina para diabetes mellitus tipo 1. O avelumabe deve ser
suspenso e anti-hiperglicêmicos administrados em pacientes com hiperglicemia de grau ≥ 3. O
tratamento com avelumabe deve ser retomado quando o controle metabólico for alcançado
com terapia de reposição com insulina.
Nefrite e disfunção renal imunomediadas
O avelumabe pode causar nefrite imunomediada (ver “Reações adversas”).
Os pacientes devem ser monitorados quanto à presença de creatinina sérica elevada antes e
periodicamente durante o tratamento. Deve-se administrar corticosteroides (dose inicial de 1 a
2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, seguida de uma redução gradual do
corticosteroide) para nefrite de grau ≥ 2. O avelumabe deve ser suspenso para nefrite de grau
2 ou 3 até resolução para ≤ grau 1, e permanentemente descontinuado para nefrite de grau 4
(ver “Posologia e modo de usar”).
Outras reações adversas imunomediadas
Bavencio® pode provocar reações adversas imunomediadas graves e fatais (ver “Reações
adversas”). Essas reações imunomediadas podem envolver qualquer sistema do organismo. A
maioria das reações imunomediadas se manifesta inicialmente durante o tratamento com
Bavencio®; no entanto, reações adversas imunomediadas podem ocorrer após a
descontinuação de Bavencio®.
No caso de reações adversas imunomediadas suspeitas, avaliar para confirmar ou descartar
uma reação adversa imunomediada e excluir outras causas. Dependendo da gravidade da
reação adversa, suspender ou interromper permanentemente o uso de Bavencio®, administrar
corticosteroides em altas doses e, se apropriado, iniciar terapia de reposição hormonal. Após
melhora para Grau 1 ou menos, iniciar a redução gradual do corticosteroide. Reiniciar o uso
de Bavencio® quando a reação adversa imunomediada permanecer em Grau 1 ou menos após
a redução do corticosteroide. Interromper permanentemente o uso de Bavencio® na ocorrência
de qualquer reação adversa imunomediada grave (Grau 3) que recidive e caso ocorra qualquer
reação adversa imunomediada com risco de vida (ver “Posologia e modo de usar”).
As seguintes reações adversas imunomediadas clinicamente significativas ocorreram em uma
incidência de menos de 1% dos pacientes que receberam Bavencio® isoladamente ou em 489
pacientes que receberam Bavencio® em combinação com axitinibe: miocardite imunomediada
(incluindo casos fatais), pancreatite (incluindo casos fatais), miosite imunomediada, psoríase,
artrite, dermatite esfoliativa, eritema multiforme, penfigoide, hipopituitarismo, uveíte,
síndrome de Guillain-Barré e resposta inflamatória sistêmica. Foram notificadas as seguintes
reações adversas imunomediadas clinicamente significativas com outros produtos dessa
classe: dermatite bolhosa, síndrome de Stevens Johnson/necrólise epidérmica tóxica,
rabdomiólise, miastenia gravis/síndrome miastênica, linfadenite necrosante histiocítica,
desmielinização, vasculite, anemia hemolítica, hipofisite, irite e encefalite.
Eventos Adversos Cardiovasculares Maiores (MACE)
Bavencio® em combinação com axitinibe pode provocar eventos cardiovasculares graves e
fatais (ver “Reações adversas”).
Considerar a necessidade de avaliações basais e periódicas da fração de ejeção do ventrículo
esquerdo. Monitorar sinais e sintomas de eventos cardiovasculares. Otimizar o controle de
fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão, diabetes ou dislipidemia. Interromper o
uso de Bavencio® e axitinibe na ocorrência de eventos cardiovasculares de grau 3-4.
Pacientes excluídos dos estudos clínicos
Foram excluídos pacientes com metástase ativa do sistema nervoso central (SNC), histórico
ou presença ativa de doença autoimune, histórico de outras malignidades nos últimos 5 anos,
que sofreram transplante de órgãos, em condições exigindo terapia de supressão imunológica
ou com infecção ativa por HIV, hepatite B ou C.
Gravidez e lactação
Mulheres com potencial para engravidar/contracepção
Mulheres com potencial para engravidar recebendo avelumabe devem ser orientadas a evitar
engravidar, devendo fazer uso de métodos eficazes de contracepção durante o tratamento com
avelumabe e por pelo menos 1 mês após a última dose de avelumabe.
Gravidez
A quantidade de dados sobre a utilização de avelumabe em mulheres grávidas é limitada ou
inexistente.
Não foram realizados estudos de reprodução animal com avelumabe. Contudo, em modelos
murinos de gravidez, demonstrou-se que o bloqueio da sinalização PD-L1 interfere com a
tolerância ao feto e resulta num aumento da perda fetal (ver “Dados de segurança préclínica”). Estes resultados indicam, com base no seu mecanismo de ação, que a administração
de avelumabe durante a gravidez acarreta um risco potencial de lesão fetal, incluindo um
aumento das taxas de aborto ou de nados-mortos.
Sabe-se que as imunoglobulinas IgG1 humanas atravessam a barreira placentária.
Consequentemente, o avelumabe tem potencial de ser transmitido da mãe para o feto em
desenvolvimento. Não se recomenda a utilização de avelumabe durante a gravidez, a menos
que o estado clínico da mulher exija tratamento com avelumabe.
Categoria de risco: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de
gravidez.
Lactação
Desconhece-se se o avelumabe é excretado no leite humano. Uma vez que se sabe que os
anticorpos podem ser secretados no leite humano, um risco para os recém-nascidos/lactentes
não pode ser excluído.
Mulheres lactantes devem ser alertadas para não amamentar durante o tratamento e por pelo
menos 1 mês após a última dose, devido ao potencial de reações adversas graves nos bebês
em amamentação.
Fertilidade
O efeito do avelumabe sobre a fertilidade masculina e feminina é desconhecido.
Embora não tenham sido realizados estudos para avaliar o efeito do avelumabe sobre a
fertilidade, não se verificaram efeitos notáveis nos órgãos reprodutores femininos em
macacos, com base nos estudos de toxicidade de dose repetida de 1 mês e 3 meses (ver
“Dados de segurança pré-clínica”).
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
O avelumabe apresenta influência insignificante sobre a capacidade de dirigir veículos e
utilizar máquinas. Foi reportado fadiga após a administração de avelumabe (ver “Reações
adversas”). Os pacientes devem ser orientados a terem cuidado ao dirigir ou utilizar máquinas
até terem certeza de que o avelumabe não os afetará de forma adversa.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Nenhum estudo de interação foi conduzido com avelumabe.
O avelumabe é metabolizado primariamente por vias catabólicas. Portanto, não se espera que
o avelumabe apresente interações medicamentosas farmacocinéticas com outros fármacos.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2°C e 8°C). Não congelar. Proteger da luz.
Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
Armazenamento da solução diluída: o produto não contém conservantes. Caso o avelumabe
não seja aplicado na forma de infusão imediatamente, a solução diluída pode ser armazenada
por até 24 horas entre 2ºC e 8ºC na geladeira. Caso seja refrigerada, permitir que a solução
diluída chegue à temperatura ambiente antes da administração. Este tempo de estocagem
inclui o armazenamento da solução de infusão na bolsa de infusão e a duração da infusão.
Características do produto: Bavencio® é uma solução estéril, límpida, incolor a levemente
amarelada. Após a diluição, a solução permanece límpida, incolor e sem partículas visíveis.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento
com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico experiente no tratamento do
câncer.
Pré-medicação
Os pacientes devem ser pré-medicados com um anti-histamínico e com paracetamol antes das
primeiras 4 infusões de avelumabe. Se a quarta infusão for completada sem uma reação
relacionada à infusão, a pré-medicação para doses subsequentes deve ser administrada a
critério do médico.
Posologia
Dose recomendada para MCC e UC
A dose recomendada de Bavencio® é de 800 mg, administrada por infusão intravenosa
durante 60 minutos a cada 2 semanas, até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Dose recomendada para RCC
A dose recomendada de Bavencio® é de 800 mg, administrada por infusão intravenosa
durante 60 minutos a cada 2 semanas, em combinação com axitinibe 5 mg por via oral,
administrado duas vezes ao dia (intervalo de 12 horas) com ou sem alimentos, até a
progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Quando o axitinibe é usado em combinação com Bavencio®, o escalonamento da dose de
axitinibe acima da dose inicial de 5 mg pode ser considerada em intervalos de duas semanas
ou mais.
Para mais informações sobre a posologia do axitinibe, consulte a bula do produto.
Modificações do tratamento
Não se recomenda escalonamento ou redução da dose. Pode ser necessário adiar ou
descontinuar a administração das doses com base na segurança e tolerabilidade individuais
(ver Tabela 7).
Orientações detalhadas para o controle de reações adversas imunomediadas estão descritas em
“Advertências e precauções”.
Tabela 7: Diretrizes para a suspensão ou descontinuação de Bavencio®
Reação adversa
relacionada ao
tratamento
Gravidade* Modificação do tratamento
Reações relacionadas
à infusão
Reação relacionada à infusão de
grau 1 ou 2.
Interromper ou diminuir a
velocidade de infusão
Reação relacionada à infusão de
grau 3 ou 4
Descontinuar
permanentemente
Pneumonite
Pneumonite de grau 2
Suspender Bavencio®.
Retomar Bavencio® em
pacientes com regressão
completa ou parcial (Grau 0
a 1) de pneumonite após
redução do corticosteroide.
Pneumonite de grau 3 ou 4 ou
pneumonite de grau 2 recorrente
Descontinuar
permanentemente
Hepatite
Para Bavencio® em
combinação com
axitinibe, ver abaixo
Aspartato aminotransferase (AST)
ou alanina aminotransferase (ALT)
maior do que 3 e até 5 vezes o limite
superior normal (ULN) ou
bilirrubina total maior do que 1,5 e
até 3 vezes o ULN
Suspender Bavencio®.
Retomar Bavencio® em
pacientes com regressão
completa ou parcial (Grau 0
a 1) de hepatite após redução
do corticosteroide.
AST ou ALT maior do que 5 vezes
o ULN ou bilirrubina total maior do
que 3 vezes o ULN
Descontinuar
permanentemente
Colite
Colite de grau 2 ou 3 ou diarreia
Suspender Bavencio®.
Retomar Bavencio® em
pacientes com regressão
completa ou parcial (Grau 0
a 1) de colite ou diarreia após
redução do corticosteroide.
Colite de grau 4 ou diarreia ou colite
de grau 3 recorrente ou diarreia
Descontinuar
permanentemente
Endocrinopatias
(incluindo, mas não se
limitando a
hipotireoidismo,
hipertireoidismo,
insuficiência adrenal,
hiperglicemia)
Grau 3 ou grau 4
Suspender até que as reações
adversas regridam para grau
0 – 1.
Suspender Bavencio®.
Retomar Bavencio® em
pacientes com regressão
completa ou parcial (Grau 0
a 1) de endocrinopatias após
redução do corticosteroide.
Nefrite e disfunção
renal
Creatinina sérica maior do que 1,5 e
até 6 vezes o ULN
Suspender Bavencio®.
Retomar Bavencio® em
pacientes com regressão
completa ou parcial (Grau 0
a 1) de nefrite e insuficiência
renal após redução do
corticosteroide.
Creatinina sérica maior do que 6
vezes o ULN
Descontinuar
permanentemente
Outras reações
adversas
imunomediadas
(incluindo mas não se
limitanto a
miocardite,
pancreatite, miosite,
psoríase, artrite,
dermatite esfoliativa,
eritema multiforme,
penfigoide,
hipopituitarismo,
uveíte, miastenia
gravis/síndrome
miastênica, síndrome
de Guillain-Barré),
dermatite bolhosa,
Síndrome de Stevens
Johnson/necrólise
epidérmica tóxica,
rabdomiólise,
linfadenite histiocítica
necrosante,
desmielinização,
vasculite, anemia
hemolítica, hipofisite,
irite e encefalite)†
Para qualquer uma das seguintes
situações:

• Sinais ou sintomas clínicos
moderados ou graves de reação
adversa imunomediada não
descrita acima
• Endocrinopatias de Grau 3 ou 4
Suspender Bavencio® até
resolução de avaliação
clínica pendente.
Retomar Bavencio® em
pacientes com regressão
completa ou parcial (Grau 0
a 1) de outras reações
adversas imunomediadas
após redução do
corticosteroide.
Para qualquer uma das seguintes
situações:
• Reação adversa de risco de vida
(excluindo endocrinopatias)
• Reação adversa imunomediada
de grave recorrente
• Necessidade de administração de
prednisona 10 mg/dia ou mais ou
equivalente por mais de 12
semanas
• Reações adversas
imunomediadas de grau 2 ou 3
persistentes durando 12 semanas
ou mais
Descontinuar
permanentemente
*A toxicidade foi classificada de acordo com a versão 4.0 dos Critérios de Terminologia Comum para Eventos
Adversos do National Cancer Institute (NCI-CTCAE v.4).
† Observado com Bavencio® ou com outros anticorpos monoclonais anti-PD-1/PD-L1.
Em pacientes com RCC em tratamento com Bavencio® em combinação com axitinibe:
- ALT ou AST ≥ 3 vezes ULN, porém < 5 vezes ULN; ou bilirrubina total ≥ 1,5 vezes ULN,
porém < 3 vezes ULN: manter Bavencio® e axitinibe até que essas reações adversas regridam
aos graus 0-1. Caso se mostrem persistentes (mais que 5 dias), considerar a terapia com
corticosteroides (dose inicial de 0,5 a 1 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente, seguida de
uma redução gradual da dose). Considerar retratamento com um único fármaco ou
retratamento sequencial com os dois fármacos após a recuperação. A dose deve ser reduzida
de acordo com as informações completas de prescrição do axitinibe, caso seja necessário
retratamento com axitinibe.
- ALT ou AST ≥ 5 vezes ULN ou > 3 vezes ULN com bilirrubina total simultânea ≥ 2 vezes
ULN ou bilirrubina total ≥ 3 vezes ULN: descontinuar permanentemente Bavencio® e
axitinibe e considerar terapia com corticosteroides (dose inicial de 1 a 2 mg/kg/dia de
prednisona ou equivalente seguido de uma redução gradual da dose).
Orientação para modificação de dose quando usado com axitinibe
Quando Bavencio® é administrado em associação com axitinibe, consulte a bula do axitinibe
para obter as alterações de dose recomendadas para o mesmo.
Populações especiais
Idosos
Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes idosos (≥ 65 anos) (ver “Resultados de
eficácia” e “Propriedades farmacocinéticas”).
População pediátrica
A segurança e a eficácia de Bavencio® em crianças e adolescentes menores de 18 anos não
foram estabelecidas.
Insuficiência renal
Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência renal leve a moderada
(ver “Propriedades farmacocinética”). Não há dados suficientes para recomendação de dose
em pacientes com insuficiência renal grave.
Insuficiência hepática
Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com insuficiência hepática leve (ver
“Propriedades farmacocinética”). Não há dados suficientes para recomendação de dose em
pacientes com insuficiência hepática de moderada a grave.
Modo de administração
Bavencio® deve ser administrado somente como infusão intravenosa. Não deve ser
administrado como uma injeção intravenosa rápida ou bolus.
Bavencio® deve ser diluído com solução injetável de cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%).
Deve ser administrado ao longo de 60 minutos como infusão intravenosa usando um filtro
estéril de 0,2 micrômetros, em linha ou adicionado ao equipo, não pirogênico e com baixa
ligação proteica.
Precauções especiais de descarte e manuseio
Bavencio® é compatível com bolsas de infusão de polietileno, polipropileno e de acetato de
vinil-etileno, frascos de vidro, conjuntos de infusão de cloreto de polivinila e filtros in-line
com membranas de polietersulfona com poros de 0,2 micrômetros.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as
exigências locais.
Instruções para manuseio
Use técnicas assépticas para preparar a solução para infusão.
− Inspecione visualmente o frasco para ver se há partículas ou descoloração. Bavencio® é
uma solução estéril, límpida, incolor a levemente amarelada. Descarte o frasco caso a
solução esteja turva, descolorida ou contendo partículas.
− Deve ser utilizada uma bolsa de infusão de tamanho adequado (de preferência 250 mL)
contendo solução injetável de cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%). Retire o volume
necessário de Bavencio® do(s) frasco(s) e transfira-o para a bolsa de infusão. Descarte
frascos parcialmente usados ou vazios.
− Misture a solução diluída inclinando suavemente a bolsa de infusão de modo a evitar
formação de espuma ou o cisalhamento excessivo da solução.
− Inspecione a solução para garantir que está límpida, incolor e livre de partículas visíveis.
Use a solução imediatamente após o preparo.
− Não administre conjuntamente outros medicamentos pela mesma via intravenosa.
− Administre a solução para infusão utilizando um filtro em linha ou um filtro adicional,
estéril, apirogênico, com baixa ligação às proteínas, de 0,2 micrómetros, como descrito
em “Posologia”.
Após a administração de Bavencio®, a linha deve ser irrigada com uma solução injetável de
cloreto de sódio a 9 mg/mL (0,9%).
9. REAÇÕES ADVERSAS
O avelumabe é associado a reações adversas imunomediadas. A maioria destas, incluindo
reações graves, resolveu-se após o início de terapêutica médica apropriada ou com a retirada
de avelumabe (ver "Descrição das reações adversas selecionadas", abaixo).
Resumo do perfil de segurança
A segurança do avelumabe foi avaliada em monoterapia, em estudos clínicos, em 1.738
pacientes com tumores sólidos, incluindo MCC metastático, recebendo 10 mg/kg de
avelumabe a cada 2 semanas. Nesta população de pacientes, as reações adversas mais
frequentes com avelumabe foram: fadiga (32,4%), náuseas (25,1%), diarreia (18,9%),
diminuição do apetite (18,4%), constipação (18,4%), reações relacionadas à infusão (17,1%),
diminuição do peso (16,6%) e vômito (16,2%).
As reações adversas grau ≥3 mais frequentes foram anemia (6,0%), dispneia (3,9%) e dor
abdominal (3,0%). As reações adversas graves foram as reações adversas imunomediadas e a
reação relacionada à infusão (ver “Advertências e precauções”).
Tabela de reações adversas
As reações adversas relatadas para avelumabe como monoterapia em pacientes com tumores
sólidos, incluindo MCC metastático ou UC localmente avançado ou metastático, são
apresentadas na Tabela 8. Em todos os estudos, o avelumabe foi administrado em 10 mg/kg a
cada 2 semanas.
Estas reações são apresentadas por classes de sistemas de órgãos e por frequência. As
frequências são definidas como: muito comuns (≥ 1/10), comuns (≥ 1/100, < 1/10), incomuns
(≥ 1/1.000, < 1/100), raras (≥ 1/10.000, < 1/1.000); muito raras (< 1/10.000). As reações
adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Tabela 8: Reações adversas em pacientes tratados com avelumabe em monoterapia.
Frequência Reações adversas
Infeccões e infestações
Muito comuns Infecções do trato urinário
Distúrbios dos sistemas sanguíneo e linfático
Muito comuns Anemia
Comuns Linfopenia
Incomuns Trombocitopenia, eosinofilia§
Distúrbios do sistema imune
Incomuns Hipersensibilidade medicamentosa, reação de hipersensibilidade
anafilática, hipersensibilidade de Tipo I
Distúrbios endócrinos
Comuns Hipotiroidismo*
Incomuns Insuficiência adrenal*, hipertiroidismo*, tiroidite*, tiroidite
autoimune*, insuficiência adrenocortical aguda*, hipotiroidismo
autoimune*, hipopituitarismo*
Distúrbios metabólicos e nutricionais
Muito comuns Diminuição do apetite
Incomuns Diabetes mellitus*, diabetes mellitus Tipo 1*, hiperglicemia*
Distúrbios do sistema nervoso
Comuns Cefaleia, tonturas, neuropatia periférica
Incomuns Miastenia gravis†, síndrome miastênica†, síndrome de Guillain-Barré*,
síndrome de Miller Fischer*
Distúrbios oculares
Incomuns Uveíte*
Distúrbios cardíacos
Raros Miocardite*
Distúrbios vasculares
Comuns Hipertensão, hipotensão
Incomuns Rubor
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Muito comuns Tosse, dispneia
Comuns Pneumonite*
Incomuns Doença pulmonar intersticial*
Distúrbios gastrointestinais
Muito comuns Náusea, diarreia, constipação, vômito, dor abdominal
Comuns Boca seca
Incomuns Colite*, colite autoimune*, enterocolite*, íleo, pancreatite autoimune*,
enterite*, proctite*
Rara Pancreatite*
Distúrbios hepatobiliares
Incomuns Hepatite autoimune*, insuficiência hepática aguda*, insuficiência
hepática*, hepatite*, hepatotoxicidade*
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Comuns Erupção cutânea*, prurido*, erupção cutânea maculopapular*, pele seca
Incomuns Erupção cutânea pruriginosa*, eritema*, erupção cutânea
generalizada*, psoríase*, erupção cutânea eritematosa*, erupção
cutânea macular*, erupção cutânea papular*, dermatite esfoliativa*,
eritema multiforme*, penfigoide*, prurido generalizado*, eczema,
dermatite, vitiligo*, purpura*, dermatite psoriasiforme*, erupção
medicamentosa*, líquen plano*
Distúrbios musculosqueléticos e do tecido conjuntivo
Muito comuns Dor nas costas, artralgia
Comuns Mialgia
Incomuns Miosite*, artrite*, poliartrite*, oligoartrite*, artrite reumatoide*
Distúrbios renais e urinários
Incomuns Nefrite túbulo-intersticial*, insuficiência renal*, nefrite*
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Muito comuns Fadiga, pirexia, edema periférico
Comuns Astenia, calafrios, doença semelhante à gripe
Incomuns Síndrome de resposta inflamatória sistêmica*
Exames complementares de diagnóstico
Muito comuns Diminuição do peso
Comuns Aumento da gama-glutamiltransferase, aumento da fosfatase alcalina,
aumento da amilase, aumento da lipase, aumento da creatinina sanguínea
Incomuns Aumento

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