Laboratório: CRISTÁLIA
Modelo: Neural 25mg com 30 comprimidos (C1)
Disponibilidade: Compra somente por telefone
R$ 25,00

Qtd

Neural é um medicamento usado para tratar crises convulsivas parciais e generalizadas em adultos e crianças. O princípio ativo é a lamotrigina, que ajuda a controlar a atividade elétrica excessiva no cérebro. 

 

 MEDICAMENTO CONTROLADO. PEDIDOS SOMENTE NA CENTRAL DE ATENDIMENTO. 

Telefones: (11) 4133-1600 | (11) 4208-6395 ou acesse aqui nosso WhatsApp (11) 94166-5575


Princípio Ativo: Lamotrigina

Apresentação: Neural 25mg com 30 comprimidos (C1)

Laboratório: Cristalia

Registro M.S: 1029802950063

Conservação: Temperatura Ambiente (entre 15°C e 30°C).

 

(VENDA PROIBIDA VIA INTERNET, MEDICAMENTO SUJEITO A CONTROLE ESPECIAL MEDIANTE RETENÇÃO DA RECEITA. PORTARIA Nº344 - 01/02/1999 - MINISTÉRIO DA SAÚDE)

(Venda somente com prescrição médica. Sem imagem do produto. Determinação da ANVISA RDC 96/2008)

Bula
Detalhes do Produto NEURAL
(lamotrigina)
Comprimido
25 mg, 50 mg e 100 mg
Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
I-IDENTIFICAÇÃO DOMEDICAMENTO
NEURAL
lamotrigina
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
APRESENTAÇÕES
Embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos de 25 mg.
Embalagens contendo 10 ou 30 comprimidos de 50 mg.
Embalagens contendo 10, 30 ou 200 comprimidos de 100 mg.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 25 mg contém:
lamotrigina.........................................................................................25mg
excipiente qsp....................................................................................1 comprimido
Excipientes: povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina, corante amarelo de quinolina laca de
alumínio, corante amarelo crepúsculo laca de alumínio, croscarmelose sódica, dióxido de silício e estearato de
magnésio.
Cada comprimido de 50 mg contém:
lamotrigina........................................................................................ 50mg
excipiente qsp................................................................................... 1 comprimido
Excipientes: povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina, corante amarelo de quinolina laca de
alumínio, corante amarelo crepúsculo laca de alumínio, croscarmelose sódica, dióxido de silício e estearato de
magnésio.
Cada comprimido de 100 mg contém:
lamotrigina......................................................................................... 100mg
excipiente qsp.................................................................................... 1 comprimido
Excipientes: povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina, corante amarelo de quinolina laca de
alumínio, corante amarelo crepúsculo laca de alumínio, croscarmelose sódica, dióxido de silício e estearato de
magnésio.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
Neural (lamotrigina) é uma droga antiepiléptica indicada como adjuvante ou em monoterapia para o tratamento
de crises convulsivas parciais e crises generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas.
Após o controle epiléptico ter sido alcançado durante terapia combinada, drogas antiepiléticas (DAEs)
concomitantes geralmente podem ser retiradas, substituindo-as pela monoterapia com Neural (lamotrigina).
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
Três estudos com nível de evidência A avaliaram a eficácia e tolerabilidade da lamotrigina em pacientes
diagnosticados com epilepsia generalizada e parcial. O primeiro destes estudos avaliou 260 pacientes que foram
randomizados para receber lamotrigina ou carbamazepina. O resultado obtido para epilepsia parcial, considerando
pacientes livres de crises convulsivas no período de 24 semanas após a titulação do tratamento, foi de 48% dos
pacientes tratados com lamotrigina e 51% daqueles tratados com carbamazepina. No grupo com epilepsia
generalizada os resultados foram respectivamente, 78% e 76% [1]. O segundo destes estudos utilizou desenho
semelhante, porém entre pacientes idosos e, à semelhança do estudo anterior, não reportou diferenças de eficácia
significativas entre lamotrigina e carbamazepina [2]. O terceiro estudo comparativo entre lamotrigina e fenitoína
com desenho semelhante aos anteriores também não demonstrou diferença significativa entre os grupos com
relação ao controle das crises, com 43% dos pacientes no grupo lamotrigina e 36% no grupo fenitoína
permanecendo livres de crises nas 24 semanas de acompanhamento [3].
[1] BRODIE, MJ. et al. Double-blind comparison of lamotrigine and carbamazepine in newly diagnosed
epilepsy. UK Lamotrigine/Carbamazepine Monotherapy Trial Group. Lancet, 345(8948): 476-479, 1995.
[2] BRODIE, MJ. et al. Multicentre, double-blind, randomised comparison between lamotrigine and
carbamazepine in elderly patients with newly diagnosed epilepsy. The UK Lamotrigine Elderly Study Group,
37(1):81-7, 1999.
[3] STEINER TJ. et al. Lamotrigine monotherapy in newly diagnosed untreated epilepsy: a double-blind
comparison with phenytoin. Epilepsia, 40(5):601-7, 1999.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Modo de ação: os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a lamotrigina age nos canais de sódio
sensíveis à diferença de potencial (ddp), estabilizando as membranas neuronais e inibindo a liberação de
neurotransmissores, principalmente de glutamato, um aminoácido excitatório que desempenha papel-chave no
desencadeamento de crises epilépticas.
Farmacodinâmica: estudos in vitro mostram que a lamotrigina exibe atividade antiarrítmica Classe IB em
concentrações terapeuticamente relevantes. Ela inibe os canais de sódio cardíacos humanos com rápida cinética de
abertura e fechamento e alta dependência de voltagem consistente com outros agentes antiarrítmicos de Classe IB.
Em doses terapêuticas, a lamotrigina não reduziu a condução ventricular (ampliação do QRS) em pacientes
saudáveis em um estudo QT completo; no entanto, em pacientes com doença cardíaca estrutural ou funcional
clinicamente importante, a lamotrigina pode retardar a condução ventricular (ampliar o QRS) e induzir próarritmia.
Em testes destinados a avaliar os efeitos de drogas sobre o sistema nervoso central, usando-se doses de 240 mg de
lamotrigina administradas a voluntários adultos sadios, os resultados não diferiram daqueles obtidos com o
placebo, ao passo que 1.000 mg de fenitoína e 10 mg de diazepam comprometeram significativamente a boa
coordenação motora visual e os movimentos oculares, aumentaram a instabilidade corporal e produziram efeitos
sedativos subjetivos.
Em outro estudo, doses orais únicas de 600 mg de carbamazepina comprometeram significativamente a boa
coordenação motora visual e os movimentos oculares, ao mesmo tempo em que aumentaram a instabilidade
corporal e a frequência cardíaca, enquanto os resultados com a lamotrigina, em doses de 150 mg e 300 mg, não
diferiram daqueles com o placebo.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: a lamotrigina é rapidamente e completamente absorvida pelo intestino, sem metabolismo significativo
de primeira passagem. O pico de concentração plasmática ocorre aproximadamente 2,5 horas após a administração
oral da droga. O tempo necessário para que se atinja a concentração máxima é discretamente retardado após
alimentação, porém a extensão da absorção não é afetada. O perfil farmacocinético é linear até 450 mg, a mais alta
dose única testada. Há variação considerável das concentrações máximas no estado de equilíbrio entre indivíduos,
mas, em um mesmo indivíduo, esta concentração raramente varia.
Distribuição: a lamotrigina apresenta ligação de 55% às proteínas plasmáticas, e é muito improvável que seu
deslocamento das proteínas resulte em toxicidade. Seu volume de distribuição é de 0,92 a 1,22 l/Kg.
Metabolismo: UDP-glicuronil transferases têm sido identificadas como as enzimas responsáveis pelo
metabolismo da lamotrigina.
A lamotrigina induz discretamente seu próprio metabolismo, dependendo da dose. Entretanto, não existem
evidências de que a lamotrigina afete a farmacocinética de outras drogas antiepiléticas, e os dados sugerem que
são pouco prováveis as interações entre a lamotrigina e as drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450.
Eliminação: o clearance (depuração) médio em adultos saudáveis, no estado de equilíbrio, é de 39 ± 14 mL/min.
O clearance da lamotrigina é primariamente metabólico, com eliminação subsequente na urina do material
conjugado com glicuronídeo. Menos de 10% da lamotrigina são excretados pela urina na forma inalterada. Apenas
2% de substâncias relacionadas à droga são excretados nas fezes. O clearance e a meia-vida são independentes da
dose. A meia-vida de eliminação média em adultos saudáveis é de 24 a 35 horas. Em um estudo com indivíduos
afetados pela Síndrome de Gilbert, o clearance médio aparente foi reduzido em 32% quando comparado com os
controles normais. Porém, os valores estão dentro da faixa da população em geral.
A meia-vida da lamotrigina é significativamente afetada por medicação concomitante. A meia-vida média é
reduzida para aproximadamente 14 horas quando a lamotrigina é administrada com drogas indutoras de
glicuronidação, tais como carbamazepina e fenitoína, e é aumentada para uma média de aproximadamente 70
horas quando coadministrada com valproato (ver as seções Posologia e Modo de Usar e Interações
Medicamentosas).
Populações de pacientes especiais
Crianças: o clearance ajustado ao peso corporal é maior em crianças do que em adultos, com valores mais altos
em crianças abaixo de 5 anos. A meia-vida da lamotrigina é, geralmente, menor em crianças do que em adultos,
com um valor médio de aproximadamente 7 horas, quando administrada juntamente com drogas indutoras
enzimáticas, tais como carbamazepina e fenitoína. A meia-vida da lamotrigina é aumentada para um valor médio
de 45 a 50 horas quando coadministrada com valproato (ver Posologia e Modo de Usar).
Idosos: resultados da análise farmacocinética de uma população, incluindo pacientes jovens e idosos com
epilepsia envolvidos nos mesmos testes, indicaram que o clearance da lamotrigina não se altera de modo
clinicamente relevante. Após a administração de doses únicas isoladas, o clearance aparente decresceu em 12%,
de 35 mL/min em pacientes com 20 anos para 31 mL/min em pacientes com 70 anos. O decréscimo após 48
semanas de tratamento foi de 10%, de 41 para 37 mL/min entre grupos jovens e idosos. Adicionalmente, a
farmacocinética da lamotrigina foi estudada em 12 indivíduos idosos saudáveis, após dose única de 150 mg. O
clearance médio nestes idosos (0,39 mL/min/kg) encontrou-se dentro da faixa dos valores médios de clearance
(0,31 a 0,65 mL/min/kg) obtidos em nove estudos com adultos não idosos depois de dose única de 30 a 450 mg.
Insuficiência renal: em estudo com 12 voluntários com insuficiência renal crônica e outros seis indivíduos
passando por hemodiálise em que cada um fez uso de dose única de lamotrigina de 100 mg, a média do CL/F foi
de 0,42 mL/min/kg (insuficiência renal crônica), 0,33 mL/min/kg (entre as sessões de hemodiálise), e 1,57
mL/min/kg (durante a hemodiálise) comparada a 0,58 mL/min/kg em voluntários sadios. A média de meia- vida
plasmática foi de 42,9 h (insuficiência renal crônica), 57,4 h (entre as sessões de hemodiálise) e 13 h (durante a
hemodiálise), comparada a 26,2 h em voluntários sadios. Considerando a média, aproximadamente 20% (entre
5,6% e 35,1%) da quantidade de lamotrigina presente no corpo foram eliminados durante quatro horas de
hemodiálise. Para esta população, doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas em pacientes em uso de drogas
antiepilépticas. Doses reduzidas de manutenção podem ser efetivas para pacientes com significativa falha da
função renal.
Insuficiência hepática: um estudo farmacocinético com dose única envolveu 24 pacientes com diferentes graus de
insuficiência hepática e 12 indivíduos saudáveis como controle. O clearance mediano aparente da lamotrigina foi
0,31; 0,24 ou 0,10 mL/min/kg em pacientes com insuficiência hepática de grau A, B ou C (Classificação ChildPugh), respectivamente, comparado a 0,34 mL/min/kg nos indivíduos-controle saudáveis. As doses iniciais, de
escalonamento e manutenção geralmente devem ser reduzidas em 50% em pacientes com insuficiência hepática
moderada (Child-Pugh B) e 75% na insuficiência hepática grave (Child-Pugh C). O escalonamento e a
manutenção da dose devem ser ajustados de acordo com a resposta clínica do paciente.
4. CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado em indivíduos com conhecida hipersensibilidade à lamotrigina ou a qualquer
outro componente da formulação.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Este medicamento não deve ser usado por pessoas com síndrome de má-absorção de glicose-galactose.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Exantema
Existem relatos de reações adversas dermatológicas que geralmente têm ocorrido nas primeiras oito semanas após
o início do tratamento com a lamotrigina. A maioria dos exantemas (rash) é leve e autolimitada, entretanto,
exantemas de pele graves, que requerem hospitalização e descontinuação de lamotrigina, foram relatados. Esses
casos são potencialmente ameaçadores à vida e incluem a Síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e a necrólise
epidérmica tóxica (NET, Síndrome de Lyell) (ver Reações Adversas).
Nos adultos participantes dos estudos, utilizando as doses recomendadas, a incidência de exantema de pele grave
foi de aproximadamente 1:500 em pacientes epilépticos. Aproximadamente metade desses casos foi relatada como
SJS (1:1000).
O risco de exantema grave em crianças é maior do que nos adultos.
Dados disponíveis sugerem que a incidência de exantemas associados à hospitalização de crianças é de 1:300 a
1:100.
Em crianças, a presença inicial de exantema pode ser confundida com uma infecção. Os médicos devem considerar
a possibilidade de reação medicamentosa em crianças que desenvolvem sintomas de exantema e febre durante as
primeiras oito semanas de tratamento com lamotrigina.
Além disso, o risco global de aparecimento de exantema pode estar fortemente associado a:
− altas doses iniciais de lamotrigina;
− doses que excedam o escalonamento de doses recomendado;
− uso concomitante de valproato (ver Posologia e Modo de Usar).
Deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com história de alergia ou rash cutâneo a outras drogas antiepilépticas, já
que a frequência de rash não-grave após tratamento com lamotrigina foi aproximadamente três vezes maior nestes
pacientes do que nos que não apresentavam história de alergia e/ou rash.
Todos os pacientes (adultos e crianças) que desenvolverem exantema devem ser rapidamente avaliados, e o uso da
lamotrigina, descontinuado, a menos que o exantema se mostre claramente não relacionado à droga. É
recomendado que lamotrigina não seja reiniciado em pacientes que tiveram a terapia suspensa por ter apresentado
exantema no tratamento anterior com lamotrigina, a menos que o benefício se sobreponha ao risco.
Exantema também tem sido relatado como parte de Reações Medicamentosas com eosinofilia e sintomas
sistêmicos (DRESS); também conhecida como síndrome de hipersensibilidade. Essa condição é associada a um
padrão variável de sintomas sistêmicos – incluindo febre, linfadenopatia, edema facial, anormalidades
hematológicas, hepáticas e renais e meningite asséptica (ver Reações Adversas). A síndrome exibe um largo
espectro de gravidade clínica e pode, raramente, levar à coagulação intravascular disseminada (CID) e à
insuficiência de múltiplos órgãos. É importante notar que manifestações de hipersensibilidade precoce (por
exemplo: febre, linfadenopatia) podem estar presentes mesmo que não ocorra exantema. Se tais sinais e sintomas
estiverem presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente, e o uso de lamotrigina deve ser descontinuado, a
menos que possa ser estabelecida uma etiologia alternativa.
A meningite asséptica foi reversível com a retirada da droga na maioria dos casos, mas reapareceu em alguns casos
de re-exposição à lamotrigina. A re-exposição resultou em um retorno rápido dos sintomas, que eram
frequentemente mais graves. A lamotrigina não deve ser reiniciada em pacientes que tenham interrompido devido
à meningite relacionada a tratamento prévio com lamotrigina.
Em pacientes tratados com a lamotrigina, foi demonstrado que o alelo HLA-B*1502 nos indivíduos de origem
asiática (principalmente chineses Han e tailandeses) está associado ao risco de desenvolver a síndrome de StevensJohnson (SJS) e a necrólise epidérmica tóxica (NET). Contudo, alguns pacientes com o alelo HLA-B*1502 não
desenvolvem SJS/NET, e estas complicações podem ocorrer mesmo em pacientes sem este alelo que usam
lamotrigina. Os benefícios do tratamento com Neural em pacientes positivos para HLA-B*1502 devem ser
cuidadosamente avaliados em relação ao risco de desenvolver SJS/NET.
Linfoistiocitose hemofagocítica (HLH)
A HLH foi observada em pacientes que fazem o uso de lamotrigina (ver Reações Adversas). A HLH é uma
síndrome de ativação imunopatológica, que pode ser fatal, caracterizada por sinais e sintomas clínicos como febre,
erupção cutânea (rash), sintomas neurológicos, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, citopenias, ferritina sérica
elevada, hipertrigliceridemia e anormalidades da função hepática e coagulação. Os sintomas ocorrem geralmente
dentro de 4 semanas após o início do tratamento.
Deve-se avaliar imediatamente os pacientes com esses sinais e sintomas e o diagnóstico de HLH deve ser levado
em consideração. O uso de lamotrigina deve ser descontinuado a menos que uma etiologia alternativa seja
estabelecida.
Risco de suicídio
Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em pacientes com epilepsia, e existem evidências de
que os pacientes com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco elevado para suicidalidade.
De 25% a 50% dos pacientes com transtorno bipolar tentam suicidar-se pelo menos uma vez e podem apresentar
piora dos sintomas depressivos e/ou aparecimento de ideias e comportamentos suicidas (suicidalidade), estejam
eles tomando ou não medicações para o transtorno bipolar, incluindo lamotrigina.
Ideação e comportamento suicidas foram relatados em pacientes tratados com DAEs em diversas indicações,
inclusive epilepsia e transtorno bipolar. Uma meta-análise de estudos randomizados com DAEs (inclusive
lamotrigina) controlados com placebo também demonstrou pequeno aumento no risco de ideação e comportamento
suicidas. O mecanismo desse risco não é conhecido, e os dados disponíveis não descartam a possibilidade de risco
aumentado para lamotrigina.
Portanto, os pacientes devem ser monitorados para detecção de sinais de ideação e comportamentos suicidas. Os
pacientes (e os cuidadores deles) devem ser aconselhados a buscar auxílio médico caso apareçam sinais de ideação
ou comportamento suicidas.
Contraceptivos hormonais
Efeito dos contraceptivos hormonais na eficácia de lamotrigina:
Foi demonstrado que a associação de etinilestradiol/levonorgestrel (30 mcg/150 mcg) aumenta o clearance da
lamotrigina em aproximadamente duas vezes, resultando em redução dos níveis de lamotrigina (ver Interações
Medicamentosas). Após a titulação, doses de manutenção mais elevadas de lamotrigina podem ser necessárias
(em até duas vezes ou mais) para atingir a resposta terapêutica máxima. Em mulheres que não estejam usando
substâncias indutoras de glicuronidação da lamotrigina e em uso de contraceptivos hormonais que incluam uma
semana de medicação inativa (por exemplo, uma semana sem pílula), aumentos graduais transitórios nos níveis de
lamotrigina ocorrerão durante a semana de medicação inativa. Esses aumentos devem ser maiores quando o
aumento da dose de lamotrigina se der nos dias que antecedem ou durante a semana de medicação inativa. Para
instruções de dose, ver Posologia e Modo de Usar.
Os médicos devem fazer acompanhamento clínico apropriado da mulher que comece ou pare de tomar
contraceptivos hormonais durante o tratamento com lamotrigina, uma vez que ajustes na dosagem de lamotrigina
serão necessários na maioria dos casos.
Outros contraceptivos orais e tratamentos de Terapia de Reposição Hormonal não foram estudados. Entretanto,
eles podem, de forma similar, afetar os parâmetros farmacocinéticos da lamotrigina.
Efeito da lamotrigina na eficácia de contraceptivos hormonais:
Em um estudo de interação com 16 voluntárias saudáveis demonstrou-se que quando a lamotrigina e o
contraceptivo hormonal (associação de etinilestradiol/levonorgestrel) são administrados em associação há um
modesto aumento no clearance do levonorgestrel e alterações nos níveis de FSH e LH séricos (ver Interações
Medicamentosas). O impacto dessas alterações na atividade ovulatória é desconhecido. Entretanto, não pode ser
excluída a possibilidade dessas alterações resultarem numa diminuição da eficácia contraceptiva em algumas
pacientes que estejam tomando medicações hormonais e lamotrigina. Assim, as pacientes devem ser instruídas a
relatar imediatamente ao médico qualquer alteração em seu ciclo menstrual, como sangramentos entre os períodos.
Efeito da lamotrigina nos substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT2)
A lamotrigina é um inibidor da secreção tubular renal via proteínas OCT 2 (ver Interações Medicamentosas). Isso
pode resultar em aumento dos níveis plasmáticos de certas drogas que são substancialmente excretadas por esta
via. A coadministração de lamotrigina com os substratos OCT 2s com um índice terapêutico estreito, por exemplo,
a dofetilida não é recomendada.
Diidrofolato redutase
A lamotrigina é um fraco inibidor da diidrofolato redutase. Portanto, há possibilidade de interferência com o
metabolismo do folato durante tratamentos prolongados. Entretanto, em períodos de até um ano, a lamotrigina não
provocou alterações significativas na concentração da hemoglobina, no volume corpuscular médio e nas
concentrações de folato em nível sérico ou das hemácias. Em períodos de tratamento de até cinco anos não houve
alterações significativas na concentração de folato das hemácias.
Insuficiência renal
Em estudos com dose única em pacientes com insuficiência renal terminal as concentrações plasmáticas de
lamotrigina não foram significativamente alteradas. No entanto, como é esperado que haja acúmulo do metabólito
glicuronato, deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com insuficiência renal.
Pacientes sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina
A lamotrigina não deve ser administrada a pacientes que estejam sendo tratados com outras formulações contendo
lamotrigina sem recomendação médica.
ECG Síndrome de Brugada
Uma associação muito rara com ECG padrão do tipo Brugada foi observada, embora uma relação causal não tenha
sido estabelecida.
Portanto, deve-se ter cautela com o uso de lamotrigina em pacientes com Síndrome de Brugada.
Ritmo cardíaco e anormalidades de condução
Testes in vitro mostraram que lamotrigina apresenta atividade antiarrítmica Classe IB em concentrações
terapeuticamente relevantes. Com base nestes achados in vitro, lamotrigina pode potencialmente retardar a
condução ventricular (ampliar o QRS) e induzir pró-arritmia em pacientes com doença cardíaca estrutural ou
funcional clinicamente importante. Portanto, qualquer benefício esperado ou observado de lamotrigina para esses
pacientes deve ser cuidadosamente avaliado em relação aos riscos potenciais de eventos cardíacos graves ou fatais.
O uso concomitante de outros bloqueadores de canais de sódio pode aumentar ainda mais o risco de pró-arritmia.
Epilepsia
Como ocorre com outras drogas antiepiléticas, a suspensão abrupta de lamotrigina pode provocar crises de rebote.
A menos que seja necessária a interrupção abrupta (em casos de exantema, por exemplo), a dose de lamotrigina
deve sofrer redução gradual ao longo de duas semanas. Há relatos na literatura de que crises convulsivas graves,
incluindo estado de mal epiléptico, podem levar à rabdomiólise, disfunção de múltiplos órgãos e coagulação
intravascular disseminada, algumas vezes levando à morte. Casos semelhantes ocorreram em associação ao uso de
lamotrigina.
Testes de laboratório
A lamotrigina tem demonstrado interferir em testes rápidos de urina usados para detecção de drogas, podendo
resultar em falsos positivos, particularmente para fenciclidina. Um método químico alternativo mais específico
deve ser utilizado para confirmar um resultado positivo.
Gravidez e lactação
A administração de lamotrigina não prejudicou a fertilidade de animais, em estudos de reprodução. Não há
experiência do efeito da lamotrigina sobre a fertilidade humana.
Dados pós-comercialização, resultantes de diversos registros prospectivos de gravidezes, documentaram resultados
de cerca de 8700 mulheres expostas à lamotrigina usada em monoterapia durante o primeiro trimestre de gravidez.
Globalmente, estes dados não são sugestivos de aumento substancial do risco de malformações congênitas
maiores. Embora os dados de um número limitado de registros apresentem relatos de aumento do risco de fendas
orais, um estudo caso-controle completo não demonstrou maior risco de fendas orais em comparação a outras
malformações maiores após a exposição à lamotrigina. Os dados relacionados ao uso de lamotrigina em associação
a outros fármacos são insuficientes para avaliar se o risco de malformações associado a outros agentes é afetado
pelo uso concomitante de lamotrigina.
Como a maioria das drogas, lamotrigina não deve ser usada na gravidez, a menos que, a critério clínico, o
benefício potencial para a mãe justifique qualquer risco possível ao desenvolvimento fetal.
As alterações fisiológicas relacionadas à gravidez podem afetar os níveis e/ou efeitos terapêuticos da lamotrigina.
Há relatos de diminuição dos níveis de lamotrigina durante a gravidez. Deve-se assegurar o adequado
acompanhamento clínico à mulher grávida que esteja em tratamento com lamotrigina.
Houve relatos de que lamotrigina passa para o leite materno em concentrações altamente variáveis, resultando em
níveis totais de lamotrigina em bebês de até cerca de 50% dos níveis observados nas mães. Portanto, em alguns
bebês amamentados, as concentrações séricas de lamotrigina podem atingir níveis nos quais ocorrem efeitos
farmacológicos.
O benefício potencial da amamentação deve ser considerado frente ao risco potencial de efeitos adversos aos
bebês.
Teratogenicidade: Estudos de toxicologia reprodutiva com lamotrigina em animais, em doses inferiores as doses
de 400 mg/dia para seres humanos [em uma área de superfície corporal (mg/m2
)], mostraram toxicidade no
desenvolvimento (aumento da mortalidade, diminuição do peso corporal, aumento das variações estruturais,
anormalidades neurocomportamentais), mas não mostraram efeitos teratogênicos. Entretanto, como a lamotrigina é
um fraco inibidor de diidrofolato redutase, existe risco teórico de ocorrerem malformações fetais humanas, quando
a mãe é tratada com um inibidor de folato durante a gravidez.
Categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgiãodentista.
Uso criterioso no aleitamento ou na doação de leite humano. O uso deste medicamento no período da
lactação depende da avaliação e acompanhamento do seu médico ou cirurgião dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Dois estudos com voluntários demonstraram que o efeito da lamotrigina sobre a coordenação motora visual,
movimentos dos olhos, movimentos corporais e de sedação não diferiram do placebo. Em estudos clínicos com
lamotrigina, eventos adversos de características neurológicas, como vertigem e diplopia, têm sido reportados.
Desta forma, os pacientes devem avaliar como serão afetados pela terapia com lamotrigina antes de dirigir e operar
máquinas.
Como existe uma variação individual em resposta a todas as terapias com drogas antiepilépticas, o paciente deve
consultar seu médico especificamente sobre a questão de dirigir e a epilepsia.
Oriente seu paciente a não dirigir veículos ou operar máquinas durante todo o tratamento, pois sua
habilidade e capacidade de reação podem estar prejudicadas.
O uso deste medicamento pode causar tontura, desmaios ou perda da consciência, expondo o paciente a
quedas ou acidentes.
Atenção: Contém lactose.
Atenção: contém os corantes amarelo de quinolina laca de alumínio e amarelo crepúsculo laca de alumínio
que podem, eventualmente, causar reações alérgicas.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A uridina 5’-difosfo (UDP)-glicuronil transferase (UGTs) foi identificada como sendo a enzima responsável pelo
metabolismo da lamotrigina. Fármacos que induzem ou inibem a glicuronidação podem, portanto, afetar o
clearance aparente da lamotrigina. Indutores fortes ou moderados da enzima citocromo P450 3A4 (CYP3A4),
também conhecidos por induzir a UGTs, podem aumentar o metabolismo da lamotrigina. Não há evidências de que
a lamotrigina cause indução ou inibição clinicamente relevante de enzimas citocromo P450. A lamotrigina pode
induzir seu próprio metabolismo, mas o efeito é modesto e, provavelmente, não apresenta consequências clínicas
significativas.
Os fármacos que demonstraram ter um impacto clinicamente relevante na concentração da lamotrigina são
descritos na Tabela 1. A orientação posológica específica para esses fármacos é fornecida na seção Posologia e
Modo de Usar. Além disso, a Tabela 1 lista os medicamentos que demonstraram ter pouco ou nenhum efeito na
concentração de lamotrigina. Geralmente, não se espera que a administração concomitante de tais medicamentos
resulte em nenhum impacto clínico. No entanto, deve-se considerar pacientes cuja epilepsia é especialmente
sensível a flutuações nas concentrações de lamotrigina.
Tabela 1: Efeito de drogas na concentração da lamotrigina (ver Posologia e Modo de Usar):
Drogas que aumentam a concentração
da lamotrigina
Drogas que reduzem a concentração da
lamotrigina
Drogas que têm pouco ou nenhum
efeito na concentração da lamotrigina
lítio
bupropiona
carbamazepina olanzapina
fenitoína oxcarbazepina
primidona felbamato
fenobarbitona gapabentina
valproato rifampicina levetiracetam
lopinavir/ritonavir pregabalina
atazanavir/ritonavir* topiramato
Associação de zonisamida
etinilestradiol/levonorgestrel* aripripazol
lacosamida
perampanel
paracetamol
*Para orientações de dosagem, ver Posologia e Modo de Usar – Recomendações gerais para populações de
pacientes especiais, adicionalmente para mulheres tomando contraceptivos orais ver também Advertências e
Precauções – Contraceptivos hormonais.
Interações envolvendo drogas antiepilépticas - DAEs (ver Posologia e Modo de Usar)
O valproato, que inibe a glicuronidação da lamotrigina, reduz o metabolismo e aumenta a meia-vida média da
lamotrigina em cerca de duas vezes.
Alguns DAEs (como fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e primidona), que induzem as enzimas do citocromo
P450, também induzem as UGTs e, portanto, aumentam o metabolismo da lamotrigina. Há relatos de eventos em
nível do sistema nervoso central - incluindo vertigem, ataxia, diplopia, visão turva e náuseas - em pacientes
recebendo carbamazepina após a introdução de lamotrigina. Esses eventos são normalmente resolvidos quando a
dose de carbamazepina é reduzida. Efeito similar foi observado durante estudo com oxcarbazepina e lamotrigina
em voluntários adultos saudáveis, mas a redução da dose não foi investigada.
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, utilizando doses de 200 mg de lamotrigina e 1.200 mg de
oxcarbazepina, observou-se que a oxcarbazepina não altera o metabolismo da lamotrigina e a lamotrigina não
altera o metabolismo da oxcarbazepina.
Em estudo com voluntários sadios, a coadministração de felbamato (1.200 mg, duas vezes ao dia) e lamotrigina
(100 mg, duas vezes ao dia, por 10 dias) não demonstrou ter efeitos clínicos relevantes na farmacocinética da
lamotrigina.
Baseado nas análises retrospectivas dos níveis plasmáticos em pacientes que recebiam lamotrigina isolada ou
juntamente com gabapentina, o clearance da lamotrigina não pareceu ser alterado pela gabapentina.
Interações potenciais entre levetiracetam e lamotrigina foram pesquisadas avaliando-se as concentrações séricas
de ambos agentes durante estudo clínico placebo-controlado. Os dados indicaram que a lamotrigina não influencia
a farmacocinética do levetiracetam, e o levetiracetam não afeta a farmacocinética da lamotrigina.
O estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas de lamotrigina não foi afetado pela administração
concomitante com pregabalina (200 mg, três vezes ao dia). Não existem interações farmacocinéticas entre
lamotrigina e pregabalina.
O topiramato não alterou as concentrações plasmáticas de lamotrigina, enquanto foi observado aumento de 15%
nas concentrações de topiramato.
Em estudo com pacientes com epilepsia, a coadministração de zonisamida (200 a 400 mg/dia) com lamotrigina
(150 a 500 mg/dia) durante 35 dias não teve efeito significativo na farmacocinética da lamotrigina.
Em estudo placebo-controlado, com pacientes no início de crises convulsivas parciais, a concentração plasmática
da lamotrigina não foi afetada pelo uso concomitante de lacosomida (200, 400 ou 600 mg/dia).
Em uma análise conjunta de dados de três estudos clínicos placebo-controlado que investigavam o perampanel em
terapia combinada em pacientes com início de crises convulsivas parciais e crises convulsivas tônico-clônicas
generalizadas primárias, a maior dose de perampanel avaliada (12 mg/dia) aumentou o clearance da lamotrigina
em menos de 10%.
Apesar de terem sido reportadas alterações nas concentrações plasmáticas com outras drogas antiepilépticas,
estudos controlados não demonstraram evidências de que a lamotrigina afete as concentrações plasmáticas de
drogas antiepilépticas quando administradas concomitantemente. Evidências de estudos in vitro indicaram que a
lamotrigina não altera a ligação de outras drogas antiepilépticas às proteínas.
Interações envolvendo outros agentes psicoativos (ver Posologia e Modo de Usar)
A farmacocinética do lítio, após a administração de 2 g de gliconato de lítio anidro, duas vezes ao dia, durante seis
dias, a 20 indivíduos saudáveis, não foi alterada pela administração concomitante de 100 mg/dia de lamotrigina.
Múltiplas doses orais de bupropiona não tiveram efeitos estatisticamente significativos na farmacocinética de dose
única de lamotrigina em 12 indivíduos e houve somente um leve aumento na área sob a curva (AUC) do
metabólito glicuronídeo de lamotrigina.
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, 15 mg de olanzapina reduziu a área sob a curva (AUC) e a
concentração máxima (Cmáx) da lamotrigina numa média de 24% e 20%, respectivamente. A lamotrigina, em
doses de 200 mg, não afetou a farmacocinética da olanzapina.
Doses múltiplas orais de lamotrigina (400 mg/dia) não tiveram efeito clínico significativo na farmacocinética de
uma única dose de 2 mg de risperidona em 14 voluntários adultos saudáveis. Após a coadministração de
risperidona 2 mg com lamotrigina, 12 dos 14 voluntários apresentaram sonolência, comparado a 1 (um) de 20,
quando tomaram risperidona isoladamente, e nenhum, quando lamotrigina foi administrada isoladamente.
Em um estudo com 18 pacientes adultos com transtorno bipolar I, que receberam um esquema estabelecido de
lamotrigina (>/= 100 mg/dia), doses de aripiprazol foram aumentadas de 10 mg/dia para uma dose alvo de 30
mg/dia ao longo de um período de 7 dias e continuadas uma vez ao dia por mais 7 dias. Uma redução média de
cerca de 10% na Cmáx e AUC da lamotrigina foi observada.
Experimentos de inibição in vitro indicaram que a formação do metabólito primário da lamotrigina, o 2-Nglicuronídeo, foi minimamente afetada pela coincubação com amitriptilina, bupropiona, clonazepam, fluoxetina,
haloperidol ou lorazepam. Dados sobre o metabolismo do bufuralol, obtidos de microssoma hepático humano,
sugeriram que a lamotrigina não reduz o clearance das drogas eliminadas predominantemente pelo CYP2D6.
Resultados de experimentos in vitro também sugerem que é improvável que o clearance da lamotrigina seja
afetado pela clozapina, fenelzina, risperidona, sertralina ou trazodona.
Interações com contraceptivos hormonais
Efeito de contraceptivos hormonais na famacocinética da lamotrigina:
Em um estudo com 16 voluntárias, verificou-se que o uso de contraceptivo contendo 30 mcg de etinilestradiol e
150 mcg de levonorgestrel associados causou aumento no clearance oral da lamotrigina em aproximadamente
duas vezes, resultando numa redução média de 52% e 39% na área sob a curva (AUC) e Cmáx, respectivamente. As
concentrações séricas da lamotrigina aumentaram gradualmente durante o curso de uma semana de medicação
inativa (por exemplo, uma semana sem contraceptivo), com concentrações pré-dose ao final da semana de
medicação inativa sendo, em média, aproximadamente duas vezes mais altas que durante a coterapia (ver
Posologia e Modo de Usar - Recomendações gerais para populações de pacientes especiais - Mulheres tomando
contraceptivos hormonais; e Advertências e Precauções – Contraceptivos hormonais).
Efeito da lamotrigina na farmacocinética dos contraceptivos hormonais:
Em um estudo com 16 voluntárias, a dose de equilíbrio de 300 mg de lamotrigina não afetou a farmacocinética do
componente etinilestradiol na medicação associada. Um modesto aumento no clearance oral do componente
levonorgestrel foi observado, resultando numa redução média de 19% e 12% na área sob a curva (AUC) e Cmáx do
levonorgestrel, respectivamente. Medidas das concentrações séricas de FSH, LH e estradiol durante o estudo
indicaram certa perda da supressão da atividade hormonal ovariana em algumas mulheres, embora a medida da
progesterona sérica tenha indicado que não houve evidência hormonal de ovulação em nenhuma das 16
voluntárias. O impacto do modesto aumento do clearance do levonorgestrel e das alterações das concentrações
séricas de FSH e LH na atividade ovulatória é desconhecido (ver Advertências e Precauções). O efeito de doses
diferentes de 300 mg/dia de lamotrigina não foi estudado, e estudos com outras formulações hormonais femininas
não foram conduzidos.
Interações envolvendo outras medicações:
Em um estudo com 10 voluntários do sexo masculino, verificou-se que a rifampicina aumentou o clearance e
diminuiu a meia-vida da lamotrigina pela indução das enzimas hepáticas responsáveis pela glicuronidação. Em
pacientes recebendo terapia concomitante com rifampicina, deve-se empregar o regime de tratamento recomendado
para a lamotrigina e indutores de glicuronidação competitivos (ver Posologia e Modo de Usar).
Em estudo com voluntários saudáveis, lopinavir/ritonavir reduziu aproximadamente pela metade as concentrações
plasmáticas de lamotrigina, provavelmente pela indução da glicuronidação. Em pacientes recebendo terapia
concomitante com lopinavir/ritonavir, o regime de tratamento recomendado para lamotrigina e indutores da
glicuronidação deve ser considerado (ver Posologia e Modo de Usar).
Em um estudo com voluntários adultos sadios, atazanavir/ritonavir (300 mg/100 mg) reduziu a área sob a curva
(AUC) e a Cmáx de lamotrigina (dose única de 100 mg) em uma média de 32% e 6%, respectivamente (ver
Posologia e Modo de Usar – Recomendações gerais para populações de pacientes especiais).
Em um estudo em voluntários adultos saudáveis, paracetamol 1g (quatro vezes ao dia) reduz a área sob a curva
(AUC) e a Cmáx de lamotrigina até uma média de 20% e 25%, respectivamente.
Os dados da avaliação in vitro do efeito da lamotrigina no OCT 2 demonstram que lamotrigina, mas não o
metabótito N (2)-glucuronídeo, é um inibidor de OCT 2 em concentrações potencialmente relevantes
clinicamente. Estes dados demonstram que a lamotrigina é um inibidor de OCT 2, com valor IC50 de 53,8 μM (ver
Advertências e Precauções).
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Mantenha o produto na embalagem original. Armazenar em temperatura ambiente (de 15 °C a 30 °C). Proteger da
luz e umidade.
O prazo de validade do medicamento é 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspectosfísicos/ características organolépticas
Os comprimidos de Neural 25 mg são biconvexos, sulcado e de cor amarela.
Os comprimidos de Neural 50 mg são planos, sulcado e de cor amarela.
Os comprimidos de Neural 100 mg são planos, sulcado e de cor amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
A lamotrigina deve ser engolida inteira, com o auxílio de um copo de água. Não tente administrar quantidades
parciais dos comprimidos.
Os comprimidos não devem ser mastigados nem partidos. Se uma dose calculada de lamotrigina (por exemplo:
para uso em crianças e pacientes com insuficiência hepática) não puder ser dividida em doses menores, a dose a ser
administrada será igual à menor dose equivalente a um comprimido inteiro.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Reintrodução da terapia
Os médicos devem avaliar a necessidade de escalonamento de dose ao reintroduzir a terapia com lamotrigina, em
pacientes que descontinuaram seu uso por alguma razão, uma vez que há sérios riscos de exantema associados a
altas doses iniciais e ao exceder a dose recomendada para o escalonamento de lamotrigina (ver Advertências e
Precauções). Quanto maior o intervalo entre o uso prévio e a reintrodução, maior o cuidado que se deve tomar no
escalonamento da dose de manutenção. Quando este intervalo exceder cinco meias-vidas (ver Propriedades
Farmacocinéticas, em Características Farmacológicas), lamotrigina deve ser escalonada à dose de manutenção
de acordo com um programa apropriado.
Recomenda-se que lamotrigina não seja reiniciada em pacientes que tenham descontinuado seu uso por causa de
exantema associado ao tratamento prévio com lamotrigina, a menos que o potencial benefício ultrapasse os
possíveis riscos.
Epilepsia
Quando drogas antiepiléticas de uso concomitante são retiradas para monoterapia com lamotrigina ou quando
outra droga antiepiléptica (DAE) é adicionada ao regime de tratamento contendo lamotrigina, deve-se considerar os
efeitos sobre a farmacocinética da lamotrigina (ver Interações Medicamentosas).
Dose em monoterapia
Adultos e crianças acima de 12 anos de idade:
A dose inicial de lamotrigina em monoterapia é de 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguida por 50 mg,
uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada em até um máximo de 50-100 mg, a
cada uma a duas semanas, até que uma resposta ótima seja alcançada. A dose usual de manutenção para se
alcançar uma resposta ideal é de 100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas.
Alguns pacientes podem necessitar de até 500 mg/dia de lamotrigina para alcançar a resposta desejada.
Por conta do risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não deve ser
excedido (ver Advertências e Precauções).
Dose em terapia combinada
Adultos e crianças acima de 12 anos:
Nos pacientes recebendo valproato, com ou sem outra droga antiepilética (DAE), a dose inicial de lamotrigina
deve ser de 25 mg, em dias alternados, por duas semanas, seguida por 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas.
Em seguida, a dose deve ser aumentada até um máximo de 25-50 mg, a cada uma ou duas semanas, até que uma
resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 100-200
mg/dia, administrados uma vez ao dia ou fracionados em duas tomadas.
Nos pacientes tomando DAEs concomitantes ou outras medicações (ver Interações Medicamentosas) que
induzam a glicuronidação da lamotrigina, com ou sem outras DAEs (exceto valproato), a dose inicial de
lamotrigina é de 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguidos por 100 mg/dia, administrados em duas doses
fracionadas, por duas semanas.
A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma
resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 200-400
mg/dia, administrados em duas doses fracionadas.
Alguns pacientes podem necessitar de até 700 mg/dia de lamotrigina para alcançar a resposta desejada.
Em pacientes usando outras drogas que não induzem ou inibem significativamente a glicuronidação da
lamotrigina (ver Interações Medicamentosas), a dose inicial de lamotrigina é 25 mg uma vez ao dia por duas
semanas, seguidos por 50 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada até um
máximo de 50 a 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose
usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou em
duas doses fracionadas.
Tabela 2 – Regime de tratamento recomendado em epilepsia para adultos e maiores de 12 anos
Semanas 1 + 2 Semanas 3 + 4 Dose de manutenção
Monoterapia 25 mg
(uma vez ao dia)
50 mg
(uma vez ao dia)
100-200 mg
(uma vez ao dia ou em duas
doses fracionadas).
Para se atingir a dose de
manutenção, as doses
podem ser aumentadas até
50-100 mg a cada 1-2
semanas.
Terapia combinada com valproato
independentemente do uso de
qualquer outra medicação
concomitante
12,5 mg
(25 mg
administrados
em dias
alternados)
25 mg
(uma vez ao dia)
100-200 mg
(uma vez ao dia ou em duas
doses fracionadas).
Para se atingir a dose de
manutenção, as doses podem
ser aumentadas até 25-50
mg a cada 1-2 semanas.
Terapia Este regime de 25 mg 50 mg 100-200 mg
combinada doses deve ser (uma vez ao dia) (uma vez ao dia) (uma vez ao dia ou em duas
sem usado com outras doses fracionadas).
valproato drogas que não Para se atingir a dose de
induzem ou manutenção, as doses
inibem podem ser aumentadas até
significativamente 50-100 mg a cada 1-2
a glicuronidação semanas.
da lamotrigina
(ver Interações
Medicamentosas)
Esse regime de 50 mg 100 mg (duas doses 200-400 mg
doses deve ser (uma vez ao dia) fracionadas) (duas doses fracionadas)
usado com: Para se atingir a manutenção,
fenitoína as doses podem ser
carbamazepina aumentadas até 100 mg a
fenobarbitona cada 1-2 semanas.
primidona
ou com outros
indutores da
glicuronidação da
lamotrigina
Nota: Em pacientes tomando DAEs cuja interação farmacocinética com a lamotrigina seja desconhecida,
deve ser utilizado o regime de tratamento recomendado para o uso da associação lamotrigina/valproato.
Face ao risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não devem ser
excedidos (ver Advertências e Precauções).
Recomendações posológicas gerais para populações de pacientes especiais
Mulheres tomando contraceptivos hormonais
− Iniciando o tratamento com lamotrigina em pacientes que já estejam tomando contraceptivos hormonais:
Embora haja evidências de que os contraceptivos hormonais aumentam o clearance da lamotrigina (ver
Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas), nenhum ajuste no escalonamento de dose de
lamotrigina deve ser necessário com base somente no uso de contraceptivos hormonais. O escalonamento das
doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada a valproato (um
inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de lamotrigina
ser adicionado na ausência de valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina.
− Iniciando o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção de
lamotrigina e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário aumentar a dose de manutenção de lamotrigina para valores duas vezes
maiores (ver Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas). É recomendado que, a partir do
momento em que seja iniciado o uso de contraceptivos hormonais, a dose de lamotrigina seja aumentada para até
50 a 100 mg/dia a cada semana, de acordo com a resposta clínica individual. Os aumentos de dose não devem
exceder esse valor, a menos que a resposta clínica indique a necessidade de acréscimos maiores.
− Interrompendo o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção
de lamotrigina e não estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina:
Na maioria dos casos, será necessário reduzir a dose de manutenção de lamotrigina para valores até 50% menores
(ver Advertências e Precauções e Interações Medicamentosas). É recomendado que seja feita a redução gradual
da dose diária de lamotrigina de até 50 a 100 mg a cada semana (não excedendo 25% da dose diária total semanal)
pelo período de três semanas, a menos que a resposta clínica indique o contrário.
Administração com atazanavir/ritonavir
Apesar de atazanavir/ritonavir ter mostrado reduzir a concentração plasmática de lamotrigina (ver Interações
Medicamentosas), nenhum ajuste no escalonamento de dose de lamotrigina deve ser necessário com base
somente no uso de atazanavir/ritonavir. O escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas,
baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada ao valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina)
ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de lamotrigina ser adicionado na ausência de valproato ou
de um indutor da glicuronidação da lamotrigina.
Em pacientes que já tomam doses de manutenção de lamotrigina e que não utilizam indutores de glicuronidação,
pode ser necessário aumentar a dose de lamotrigina se atazanavir/ritonavir forem utilizados ou diminuir a dose se
atazanavir/ritonavir forem descontinuados.
Idosos (acima de 65 anos de idade)
Nenhum ajuste de dose é necessário. A farmacocinética da lamotrigina nesta faixa etária não difere
significativamente da população de adultos não idosos.
Insuficiência hepática
As doses iniciais de escalonamento e manutenção devem ser geralmente reduzidas em aproximadamente 50% em
pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh grau B) e em 75% na insuficiência hepática grave
(Child-Pugh grau C). As doses de escalonamento e manutenção devem ser ajustadas de acordo com a resposta
clínica.
Insuficiência renal
Deve-se ter cautela ao administrar lamotrigina a pacientes com insuficiência renal. Em pacientes em estágio
terminal de insuficiência renal, as doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas no regime de DAEs dos
pacientes. Doses de manutenção reduzidas podem ser eficazes para pacientes com insuficiência renal significativa
(ver Advertências e Precauções). Para informações farmacocinéticas mais detalhadas, ver Propriedades
Farmacocinéticas, em Características Farmacológicas.
9. REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas identificadas a partir de dados de estudos clínicos de epilepsia estão descritas abaixo. Reações
adversas adicionais identificadas a partir de dados de vigilância pós-comercialização estão incluídas na seção
Dados Pós-Comercialização. Todas as seções devem ser consultadas ao considerar o perfil de segurança global de
lamotrigina. Utilizou-se a seguinte convenção para classificar as reações adversas: muito comuns (>1/10), comuns
(>1/100 e <1/10), incomuns (>1/1.000 e <1/100), raras (> 1/10.000 e <1/1.000), muito raras (<1/10.000).
Epilepsia
As reações adversas a seguir foram identificadas durante estudos clínicos para epilepsia e devem ser consideradas
junto às observadas nos dados de pós-comercialização para um perfil de segurança global de lamotrigina:
1
Reações muito comuns (>1/10): dor de cabeça, exantema cutâneo
Reações comuns (>1/100 e <1/10): agressividade, irritabilidade, fadiga, sonolência, insônia, tontura, tremor,
náusea, vômito, diarreia
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): ataxia, diplopia, visão turva
1
Reações raras (> 1/10.000 e <1.000): eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, nistagmo
Reações muito raras (<1/10.000):
- necrólise epidérmica tóxica¹
- anormalidades hematológicas² (incluindo neutropenia, leucopenia, anemia, trombocitopenia, pancitopenia,
anemia aplástica, agranulocitose), linfadenopatia associada ou não à síndrome de hipersensibilidade³
- Síndrome de hipersensibilidade³ (incluindo sintomas como febre, linfadenopatia, edema facial, anormalidades
sanguíneas e do fígado, coagulação intravascular disseminada (CID), insuficiência múltipla de órgãos)
- tiques, alucinações, confusão
- testes de função hepática aumentados, disfunção hepática4
, insuficiência hepática
- reaçõessemelhantes ao lúpus
- nefrite tubulointersticial5
¹Em estudos clínicos duplo-cegos em adultos, ocorreram exantemas cutâneos (rashs cutâneos) em até 10% dos
pacientes que tomavam lamotrigina e em 5% dos pacientes que tomavam placebo. Os exantemas cutâneos levaram à
suspensão do tratamento com lamotrigina em 2% dos pacientes. O exantema, normalmente de aparência máculopapular, geralmente aparece dentro de oito semanas após o início do tratamento, ocorrendo regressão com a
suspensão da droga (ver Advertências e Precauções).
Raramente, foram observados exantemas cutâneos graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise
epidérmica tóxica (NET, Síndrome de Lyell). Embora na maioria dos casos ocorra pronta recuperação com a
suspensão da droga, alguns pacientes experimentam déficit de cicatrização irreversível e, em alguns raros casos,
evoluem para o óbito (ver Advertências e Precauções).
O risco de exantema global parece estar associado com:
- altas doses iniciais de lamotrigina;
- doses que excedam o escalonamento de doses recomendado na terapia com lamotrigina (ver Posologia e Modo
de Usar);
- uso concomitante de valproato (ver Posologia e Modo deUsar).
Exantema tem sido relatado como parte de Reações Medicamentosas como eosinofilia e sintomas sistêmicos
(DRESS); também conhecida como síndrome de hipersensibilidade. Essa condição é associada a um padrão
variável de sintomas sistêmicos³ (ver Advertências e Precauções).
²Anormalidades hematológicas e linfadenopatia pode ou não ser associadas a DRESS / síndrome de
hipersensibilidade³ (ver Advertências e Precauções).
³Além disso, exantema também foi relatado como parte da síndrome de hipersensibilidade associado a um padrão
variável de sintomas sistêmicos como febre, linfadenopatia, edema facial e anormalidades do sangue e fígado. A
síndrome mostra um amplo espectro de gravidade clínica e pode, raramente, levar à síndrome de coagulação
intravascular disseminada (CID) e insuficiência múltipla de órgãos.
É importante notar que manifestações de hipersensibilidade prematuras (por exemplo, febre e linfadenopatia)
podem estar presentes sem que o exantema seja evidente. Se tais sinais e sintomas estiverem presentes, o paciente
deverá ser avaliado imediatamente, e a lamotrigina, descontinuada, caso uma etiologia alternativa não seja
estabelecida.
4A disfunção hepática ocorre geralmente associada a reações de hipersensibilidade, mas foram relatados casos
isolados sem sinais claros de hipersensibilidade.
5Pode ocorrer em associação com uveíte.
Dados pós-comercialização
Esta seção inclui as reações adversas identificadas durante vigilância pós-comercialização. Estas devem ser
consideradas junto às observadas nos estudos clínicos para um perfil de segurança global de lamotrigina.
Reações muito comuns (>1/10): sonolência, ataxia, vertigem, dor de cabeça, diplopia, visão turva, náusea, vômito
Reações comuns (>1/100 e <1/10): nistagmo, tremor, insônia, diarreia
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): fotossensibilidade
Reações raras (> 1/10.000 e <1/1000): alopecia, meningite asséptica (ver Advertências e Precauções),
conjuntivite
Reações muito raras (<1/10.000): agitação, inconstância, distúrbios do movimento, piora da doença de
Parkinson5
, efeitos extrapiramidais5
, coreoatetose, aumento na frequência das convulsões, pesadelos,
linfoistiocitose hemofagocítica (ver Advertências e Precauções), pseudolinfoma e hipogamaglobulinemia.
5Foi relatado que a lamotrigina pode piorar os sintomas parkinsonianos em pacientes com doença de Parkinson
pré-existente. Há relatos isolados de efeitos extrapiramidais e coreoatetose em pacientes sem esta predisposição.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
Sinais e sintomas: foi descrita a ingestão aguda de doses de até 10 a 20 vezes a dose terapêutica máxima,
incluindo casos fatais. A superdose resultou em sintomas que incluem nistagmo, ataxia, alteração no nível de
consciência, epilepsia do tipo grande mal e coma. Alargamento do QRS (atraso da condução intraventricular)
também tem sido observado em pacientes em overdose.
Tratamento: no caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado para receber tratamento sintomático e de
suporte apropriados, conforme clinicamente indicado ou conforme recomendado pelo Centro de Controle de
Intoxicação, onde estiver disponível.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
III - DIZERES LEGAIS
Registro: 1.0298.0295
Farmacêutico Responsável: Dr. José Carlos Módolo - CRF-SP nº 10.446
SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor): 0800 701 1918
Registrado e Produzido por:
CRISTÁLIA - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14 - Itapira - SP CNPJ: 44.734.671/0001-51
Indústria Brasileira
VENDA SOB PRESCRIÇÃO COM RETENÇÃO DE RECEITA
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 13/02/2025.
R_0295_10-2

Escreva um comentário

Nota: O HTML não é traduzido!